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Grupo fecha DF-001 pelo 2º dia seguido em ato contra derrubadas

Moradores voltaram a bloquear via, mas o trânsito foi normalizado às 7h. Casas são irregulares por serem construídas em área pública, diz Agefis.

Pelo segundo dia seguido, moradores de um condomínio do Altiplano Leste, região do Paranoá, no Distrito Federal, bloquearam a DF-001 nesta quarta-feira (17) em protesto contra operações de derrubada empreendidas pela Agefis. Em vez de pneus, usaram material de construção, por volta das 6h20. Às 7h, a Polícia Militar já tinha apagado o fogo e desobstruído a via.

O grupo pede a suspensão da operação que derruba construções consideradas irregulares pela Agefis. Segundo a presidente da agência, Bruna Pinheiro, uma determinação judicial, de 2011, manda derrubar qualquer construção nova que esteja sendo edificada na região.

A ação de derrubada atinge cerca de 80 das 200 residências localizadas em área pública ecomeçou nesta segunda-feira (15). Ao todo, o governo do DF pretende retirar todas as invasões em duas semanas. As ocupações começaram em 2008 e afetam uma área de mais de dois milhões de metros quadrados, diz o GDF.

Segundo a Agefis, são consideradas “recentes” residências construída após julho de 2014. “O grileiro vende o lote por R$ 150 mil, perto do Lago Sul, onde o lote custa R$ 900 mil. Com isso, os grileiros na região lucraram R$ 300 milhões”, disse Bruna.

Ainda de acordo com a presidente da Agefis, a Polícia Civil investiga uma empresa de “pré-moldados” que consegue construir em menos de uma semana residências em áreas consideradas públicas. O nome da empresa não foi citado.

Moradores fecham DF-001 pelo segundo dia colocando fogo em material de construção em protesto contra derrubadas (Foto: TV Globo/Reprodução)

Moradores reclamam
Mesmo com o ato de terça-feira, a Agefis continuou com a ação de derrubada. A operação tem revoltado moradores. “Nós, moradores, queríamos a suspensão da derrubada de cem casas que foi anunciada pela Agefis. O condomínio em que moramos [Estância Quintas de Alvorada] sempre sofre operações por conta da gestão anterior, que era acusada de grilagem e uso irregular da terra”, afirmou a síndica do condomínio, Cristina Mendonça.

A síndica nega que esteja vivendo em área irregular. “A antiga síndica teve até prisão preventiva decretada. Nós tínhamos dificuldade de negociar as derrubadas por causa dessa antiga administradora”, declarou.

A DF-001 ou Estrada Parque Contorno (EPCT) tem 132 quilômetros de extensão. É uma das mais extensas e circunda todo o Distrito Federal. Começa pelo Colorado, passa pelo Paranoá, por alguns condomínios do Lago Sul, Papuda, São Sebastião, Catetinho, Balão do Gama, Pistão Sul e Norte de Taguatinga e Brazlândia, até chegar de volta ao Colorado.

 

 

Casa derrubada na operação da Agefis nesta segunda (Foto: Dênio Simões/Agência Brasília)

 

 

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