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Grupo acusado de desviar R$ 70 milhões de planos de saúde é alvo da PCDF

Agentes da Corf cumpriram 15 mandados de busca e apreensão em residências e empresas no Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Rondônia.

(crédito: Divulgação/PCDF)

Na manhã desta quarta-feira (20), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Coordenação de Repressão a Crimes contra o Consumidor, Propriedade Imaterial e Fraudes (Corf), com o apoio das Polícias de Goiás, Mato Grosso e Rondônia, desarticulou um grupo acusado de desviar cerca de R$ 70 milhões de uma operadora de plano de saúde que atua no Centro-Oeste e Tocantins. Os agentes cumpriram 15 mandados de busca e apreensão em residências e empresas nas Unidades da Federação envolvidas.

O grupo é investigado pela prática de falsidade ideológica, falsificação de documentos, apropriação indébita, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Os gestores da operadora de plano de saúde e cinco empresas privadas estariam envolvidos.

Os crimes, inicialmente, foram detectados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão responsável pela fiscalização dos planos de saúde, que verificou indícios de operações fraudulentas entre a operadora e as empresas.

Após investigação, a Corf constatou que, entre 2013 e 2018, diretores, contadores e alguns funcionários teriam desviado ilegalmente valores milionários de contas bancárias do plano de saúde, repassando altas quantias a empresas privadas vinculadas a amigos e familiares dos próprios dirigentes, sem a existência de contratos formais e emissão de notas fiscais que dessem suporte às transações, que justificassem eventuais serviços prestados ou produtos adquiridos.

Foram analisadas 380 mil movimentações bancárias e fiscais da operadora de plano de saúde, empresas e pessoas envolvidas. Os agentes observaram divergência na documentação contábil da operadora e empresas privadas, além de movimentações financeiras incompatíveis com o faturamento e objeto social declarado pelas investigadas. Por exemplo, foram identificadas transações financeiras de quase R$ 3 milhões efetivada com microempresa destinada a prestação de serviços de chaveiro, e transações com empresa de produção e venda de cana de açúcar e produtos agropecuários, o que não apresenta consonância com a atividade desenvolvida pela operadora de plano de saúde.

O grupo utilizava documentos falsos para realizar as operações. Os investigados podem ser condenados pelos crimes de crimes de falsidade ideológica, com reclusão de um a cinco anos; falsificação de documentos, de um a cinco anos; apropriação indébita, de um a quatro anos; lavagem de dinheiro, de três a dez anos; e organização criminosa, de três a oito anos.

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