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Vacina contra gripe: segunda fase da campanha termina nesta sexta, muito abaixo da meta

O número ruim na aplicação da vacina contra a influenza vem somado ao fato da baixa procura pela terceira dose contra a covid-19

(Divulgação/Osnei Restio/Prefeitura de Nova Odessa)

A segunda etapa da campanha de vacinação contra a gripe termina nesta sexta-feira, 3, com números nada animadores. Segundo dados do Ministério da Saúde, a aplicação atingiu 44% do público prioritário, que é composto por quase 78 milhões de pessoas, entre crianças de seis meses a menores de cinco anos, trabalhadores da saúde, gestantes, puérperas, indígenas, idosos e professores.

A meta era imunizar 90% desta população. Por conta disso, o governo decidiu prorrogar a campanha até o dia 24 de junho. A partir do dia 25 de junho a imunização é aberta para toda a população, acima de 6 meses de vida, enquanto durar o estoque.

O número ruim na aplicação da vacina contra a influenza vem somado ao fato da baixa procura pela terceira dose contra a covid-19, com 43% da população imunizada, segundo o levantamento feito pelo consórcio de imprensa. Mais de 166 milhões de pessoas já receberam as duas doses da vacina contra o coronavírus, ou a dose única. Este valor é a soma dos 26 estados mais o Distrito Federal e equivale a aproximadamente 77% da população brasileira.

Tanto a covid-19 quanto a gripe são doenças respiratórias e já é comprovado que a imunização contra influenza ajuda na proteção também contra o coronavírus. Elas inclusive podem ser aplicadas juntas.

A baixa procura para completar o esquema de imunização da covid-19 e da gripe reflete na piora de casos confirmados. No último dia 1º de junho, o Brasil superou, pela primeira vez em dois meses, a marca de 30 mil diagnósticos de covid-19.

Por conta da alta, a prefeitura de São Paulo voltou a recomendar o uso de máscara em locais fechados e unidades escolares. A recomendação não tem caráter obrigatório, mas de escolha individual. A decisão teve como fundamento o aumento na positividade dos testes rápidos antígenos (TRAs) para covid-19. Na semana epidemiológica 17 (24 a 30 de abril), a taxa de positividade foi de 4%, enquanto em 30 de maio, a positividade foi de 18%.

Na tarde de terça-feira, 31, o Comitê Científico do estado de São Paulo também recomendou o uso de máscara em ambientes fechados. Apesar da medida do estado, prefeituras têm autonomia para tomarem decisões, como já julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com dados da Secretaria da Saúde, as internações de pessoas com a covid-19 em leitos de UTI estavam perto de 25% há cerca de um mês e têm aumentado nas últimas três semanas. O último boletim, atualizado na quinta-feira, 2, o estado estava com uma ocupação de 36% e a Região Metropolitana de São Paulo tinha 44% das UTIs ocupadas.

A média diária de casos em todo o estado que era de 2,5 mil confirmações há uma semana está em 5.799, segundo o último boletim. Já a média diária de óbitos estava em 268 há uma semana, e agora é de 442. Apesar do número crescente, está longe do pico registrado por conta da variante ômicron, em janeiro, quando a média de vítimas passou de 1,5 mil.

Em março deste ano, o estado de São Paulo decretou o fim do uso obrigatório em locais fechados, com exceção do transporte público (metrô, ônibus e trens) e em locais destinados à prestação de serviços de saúde, como hospitais e postos de saúde. A prefeitura da capital acompanhou a decisão do estado.

Há três semanas, em uma reunião de diretoria colegiada, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu manter o uso de máscara em voos e liberar o serviço de bordo em viagens domésticas. Em voos internacionais, o uso de máscara continuou obrigatório.

A medida determina que qualquer pessoa possa tirar a máscara nos voos, tanto domésticos quanto internacionais, desde que pontual e com o imediato uso da máscara após comer e se hidratar.

Durante a sessão em que ficou liberado o serviço de bordo, os diretores da Anvisa recomendaram o uso obrigatório de máscara em qualquer local fechado, não só nos voos. “A máscara é a última fronteira nesse processo de transição. Não é possível abrir mão da máscara”, disse Alex Machado Campos, diretor da Anvisa.

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