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Um mês após deslizamento, famílias continuam sem receber aluguel social

Seis casas foram atingidas em distrito de Campo Limpo Paulista (SP). Prefeitura disse algumas famílias não entregaram todos os documentos.

 

 Famílias foram desalojadas após deslizamento de terra em Campo Limpo Paulista (Foto: Reprodução/ TV TEM)
Famílias foram desalojadas após deslizamento de terra em Campo Limpo Paulista (Foto: Reprodução/ TV TEM)

As famílias que foram desalojadas após um deslizamento de terra no Distrito do Botujuru, em Campo Limpo Paulista (SP), reclamam que ainda não receberam o aluguel social. Há mais de um mês, seis casas foram atingidas e os moradores não sabem o que fazer enquanto não recebem o benefício. Alguns moradores optaram por voltar para a casa mesmo com ela interditada. A prefeitura informou que algumas famílias não entregaram toda a documentação exigida.

A equipe de reportagem  esteve no Distrito do Botujuru e constatou que as casas continuam do mesmo jeito: sem telhado e sem condições de servir como moradia. Elas foram invadidas por lama e água e agora estão abandonadas com muito entulho espalhado.

“Estava eu, a minha irmã e a minha filha no quarto. E estava tudo escuro porque tinha acabado a energia e um monte de gente correndo. Eu falei: ‘deve estar acontecendo alguma coisa na rua’. Daqui a pouco veio aquela avalanche na cozinha e caiu um monte de barro, que invadiu o quarto. Saímos para fora do quarto e não dava para passar na rua porque a casa tinha caído toda no meio dela”, lembra Rosemeire da Silva.

Falta de documentos
Os moradores dizem que a prefeitura prometeu um aluguel social de R$ 600, garantido por seis meses. Mas, até agora, eles não receberam o dinheiro. “Pediram os documentos de toda a minha família, que são oito pessoas. Eu entreguei a capa do IPTU, tive que mostrar também a minha planta, mostrar que estava em dia meu imposto, mas mesmo assim me enrolaram até quando deu e me mandaram para o jurídico. A gente tem direito ao auxílio aluguel, mas até agora não deram”, reclama o técnico de enfermagem Dênis Diego Silva.

Segundo o secretário de Obras Murilo Martins, há 18 processos em andamento e, dentre eles, apenas dois apresentaram toda a documentação exigida para que o benefício seja concedido. “A questão social está resolvida. Agora a questão legal que é complicada porque eles têm que apresentar para nós um contrato de locação de imóvel que eles vão se deslocar. E esse imóvel tem que ser legal, regular dentro da prefeitura. Não posso conceder auxílio para imóvel irregular. Poucos trouxeram esse contrato realmente baseado em fatos legais”, diz o secretário.

Ainda segundo o secretário, o benefício é concedido por seis meses, podendo ser prorrogado por mais seis dependendo da condição da família. “[As famílias] têm que, durante esse período, se organizar para voltar para o imóvel porque eles têm a matrícula do imóvel deles, eles têm um lugar para morar. Eles só precisam se organizar para voltar para lá. É esse o prazo, seis meses mais seis meses. Temos vários projetos sociais em andamento de habitação popular, mas eles também dependem de recursos externos. A gente sabe a condição hoje”, explica.

O secretário ainda orientou que as famílias que estão tendo dificuldades devem procurar a prefeitura para se informar dos documentos que faltam.

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