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Um assassinato e uma caravana: as pautas da campanha Trump

Presidente americano tem intensa agenda de candidato nos próximos dias, com Honduras e Arábia Saudita como temas obrigatórios

O presidente americano, Donald Trump, terá intensa agenda de campanha ao longo da semana visando as eleições legislativas do próximo dia 8 de novembro. Elas renovarão dois terços do congresso e podem tirar do partido republicano a apertada maioria que detém na Câmara e no Senado.

A campanha virou uma espécie de referendo de seu governo, que vem conquistando ótimos números na economia, com taxas recordes de emprego, mas não consegue sair da ciranda de crises e confusões. Os eventos com eleitores foram batizados de “Make America Great Again Rally”. Nesta segunda-feira, Trump faz campanha no Texas, um dos principais redutos republicanos do país.

Dois temas de política externa devem dominar a pauta do presidente-candidato. Um deles é velho conhecido de Trump: a imigração. A pauta voltou a se impor por um motivo surreal. Um grupo que começou com 7.000 hondurenhos deixou seu país no sábado, 13, e está caminhando em direção aos Estados Unidos. Eles fogem da violência e da crise econômica que assolam seu país. A caravana é composta por jovens, idosos, crianças, deficientes. Já cruzaram a Guatemala e na sexta-feira entraram em território mexicano.

Trump ameaçou cortar ajuda financeira de Guatemala, Honduras e El Salvador caso a caravana siga avançando em direção a seu paí e cobrou do México que detenha o grupo em sua fronteira. As autoridades mexicanas afirmaram que deixaram passar quem tinha visto, como é o procedimento padrão, e que iniciaram os trâmites para a concessão de refúgio aos demais. Mas muitos conseguiram cruzar ilegalmente pelo rio.

Outro tema de política externa que ganha cada vez mais importância para a agenda americana vem de um aliado, a Arábia Saudita. O país reconheceu ter assassinado e jornalista Jamal Khashoggi em seu consulado no Turquia, numa ação que coloca todo o equilíbrio de forças no Oriente Médio em risco. Ao lado de Israel, a Arábia Saudita é o principal aliado americano para isolar o Irã na região.

Ontem, o ministro das relações exteriores saudita veio a público afirmar que o príncipe Mohammed bin Salman, herdeiro do trono, não tinha conhecimento da operação. O problema, para Trump, é que o presidente turco, Recep Erdogan, prometeu nos próximos dias revelar todos os detalhes da execução do jornalista. Informações que contradigam os sauditas colocarão ainda mais pressão sobre o reino — e sobre Trump e seus planos de “Fazer a América Grande de Novo”.

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