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Setor público tem o pior déficit primário para julho da história

Rombo nas contas da União, estados, municípios e empresas estatais foi de R$ 16,138 bilhões, recorde negativo desde o início da série histórica, em 2001

Em meio às dificuldades do governo na área fiscal, o setor público consolidado(governo central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) apresentou déficit primário de 16,138 bilhões de reais em julho. As informações foram divulgadas nesta quarta feira pelo Banco Central. É o pior resultado para o mês desde o início da série histórica, em dezembro de 2001.

Com o resultado, o déficit do setor público consolidado acumulado no ano é de 51,321 bilhões de reais. A quantia representa 1,38% do produto interno bruto (PIB). No mesmo período do ano passado, havia déficit primário de 36,592 bilhões de reais (1,02% do PIB). O resultado do setor público consolidado, calculado pelo BC, abrange todas as esferas de governo. Nesta terça-feira, o governo central (Tesouro, Previdência e Banco Central)  divulgou seu resultado para o julho, calculado pelo Tesouro – também um déficit recorde para o mês.

A conta negativa do setor público consolidado em julho foi composta por déficit de  13,977 bilhões do governo central (Tesouro, Banco Central e INSS). Os governos regionais (estados e municípios) influenciaram o resultado com déficit de 2,652 bilhões de reais no mês. Enquanto os estados registraram saldo negativo de 1,924 bilhão de reais, os municípios também mostraram rombo de 728 milhões de reais. Já as empresas estatais tiveram superávit primário de 491 milhões de reais.

Juros

O governo central teve no mês passado despesas na conta de juros de 25,522 bilhões de reais. Já os governos regionais registraram gasto de  2,614 bilhões de reais e as empresas estatais, de 346 milhões de reais.

No ano, o gasto com juros subiu de 206,584 bilhões de reais até junho para 235,066 bilhões de reais até julho (6,31% do PIB). No mesmo período de 2016, essa despesa foi de 213,899 bilhões de reais (5,96% do PIB).

(Com Estadão Conteúdo)

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