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Rollemberg antecipa volta ao DF para avaliar dano da chuva em Samambaia

Governador foi a SP para visitar hospitais geridos por organizações sociais.
Reunião com secretários na manhã desta sexta deve traçar novas medidas.

Governador Rodrigo Rollemberg e bombeiros analisam situação de casa destruída por temporal em Samambaia (Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)
Governador Rodrigo Rollemberg e bombeiros analisam situação de casa destruída por temporal em Samambaia (Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)

O governador Rodrigo Rollemberg decidiu antecipar nesta quinta-feira (20) a volta ao Distrito Federal, por conta do temporal que atingiu a região de Samambaia na última quarta (19), matando uma pessoa e destruindo pelo menos mil casas. Uma reunião com secretários para avaliar o impacto da ventania e da chuva forte está marcada para as 8h desta sexta (21).

Rollemberg e os secretários de Saúde, Humberto Fonseca, e de Planejamento, Leany Lemos, viajaram a São Paulo para visitar hospitais geridos por organizações sociais (OSs). A volta do governador tem como objetivo analisar “o que já foi feito e as medidas que ainda precisam ser tomadas” em Samamabaia, informou a assessoria do governo. Inicialmente, a previsão era de que a comitiva do governo voltasse só na tarde desta sexta.

Até as 18h de quinta, cerca de 5,7 mil casas continuavam sem energia elétrica – o serviço já tinha sido restabelecido em outras 15,3 mil unidades. O GDF cadastrou 800 pessoas para avaliar a necessidade de auxílio social, estimado em R$ 480 por até seis meses.

O governo também distribuiu 330 cestas básicas, 20 colchões e 100 telhas. Um estoque de 5 mil telhas foi reservado, mas ainda aguardava a solicitação dos moradores e a avaliação da Defesa Civil nas casas mais atingidas pelo temporal.

Dezessete escolas e creches foram interditadas, e também só voltam a funcionar após liberação da Defesa Civil. Pelo menos mil casas tiveram danos, em maior ou menor escala. Cinco pessoas ficaram feridas e um vigilante de 32 anos morreu, após ser atingido pela queda de um muro.

O governo montou um comitê gestor de crise na Creche Ipê Roxo. Até o último balanço de quinta-feira, não havia registro de pessoas desabrigadas que precisassem de acolhimento do Palácio do Buriti – muitos buscaram o apoio de parentes e amigos.

Durante a quinta-feira, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) retirou 25 caminhões de lixo e entulho de Samambaia. Moradores também fizeram mutirão para reconstruir casas e limpar ruas.

A Secretaria de Saúde e o Samu montaram unidade de atendimento emergencial na Creche Ipê Roxo, caso volte a chover e haja necessidade de socorro rápido. Equipes do GDF também prestam apoio psicológico às famílias.

Temporal
A ventania durou menos de 15 minutos, mas foi suficiente para derrubar postes, árvores, muros e telhas. Durante a tarde, famílias fizeram mutirões para restaurar o teto das residências, em uma tentativa de se preparar para novas pancadas de chuva.

“Muitos deles tiveram prejuízo, mas esqueceram os prejuízos deles e vieram ao meu socorro. E, [agora é] recomeçar”, diz a pesquisadora de preços Lucilene Meneses. A maior parte do telhado da casa dela foi arrancada pelo vendaval.

Um centro de apoio foi montado pela Defesa Civil na quadra 115 de Samambaia Sul, para que os moradores procurem os agentes. O espaço foi instalado do lado a um Centro de Atenção Integral à Criança (Caic), cujo muro da frente caiu.

Árvore caída em cima de carro em Samambaia; situação foi provocada por temporal na região (Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)

Uma igreja da quadra 425, onde estava havendo culto na hora da ventania, foi o prédio mais atingido, segundo os bombeiros. Uma mulher ficou ferida, mas ela foi socorrida sem gravidade. A situação obrigou os moradores a sair das casas vizinhas por risco de desabamento. Segundo os bombeiros, um homem de 32 anos foi levado consciente ao Hospital Regional de Ceilândia com fratura no braço e escoriações.

“Nesse primeiro momento, vamos fazer uma avaliação prévia juntamente com a Defesa Civil e as casas em que encontrarmos algum tipo de dano estrutural, a Defesa Civil vai fazer a interdição e a realocação dos moradores, principalmente em casa de parentes ou vizinhos próximos”, afirmou o coronel Alan Araújo, porta-voz do Corpo de Bombeiros. A corporação não sabia estimar a quantidade total de pessoas feridas.

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