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Projeto estadual pretende vender fazendas voltadas para pesquisa

Das 13 fazendas do Estado de São Paulo, três são da região de Itapetininga. Geraldo Alckmin afirma que as pesquisas não serão afetadas.

Um projeto feito pelo governo estadual pretende vender áreas de três fazendas da região deItapetininga que são voltadas para pesquisas no Estado de São Paulo. No total, 13 fazendas de pesquisas do Estado de São Paulo devem passar pelo processo de venda, o que representa uma área de aproximadamente1.300 hectares. O projeto foi enviado para a Assembleia Legislativa, mas foi suspenso pelo Tribunal de Justiça (TJ) e, por enquanto, segue parado.

A Procuradoria Geral do Estado entrou com recurso contra a decisão do Tribunal de Justiça. Em visita à região de Itapetininga no dia 12 de julho, o governador Geraldo Alckmin comentou sobre a proposta de venda e garantiu que as pesquisas não vão ser afetadas no estado.

“É uma medida de racionalidade. Uma medida de eficiência. Você tem área parada. São fazendas muito grandes. O pedaço dela que você não está utilizando você dispõe, vende, o setor privado investe e esse dinheiro a gente usa na pesquisa, na ciência e no avanço tecnológico.”

Áreas
Em Itapetininga (SP), por exemplo, em um espaço de 138 hectares era realizado o Posto Experimental de Criação de Ovinos (Peco) e fazia parte da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). Na área, pesquisas de ovinos eram desenvolvidas, mas o espaço foi desativado há mais de um ano e deve ser vendido. Atualmente, a pesquisa acontece em outra unidade e o espaço que não será vendido pode ser destinado às pesquisas de grãos.
Projeto quer vender área de fazenda em Itapetininga  (Foto: Reprodução/TVTEM)
Projeto quer vender área de fazenda em Itapetininga (Foto: Reprodução/TVTEM)

Jaime de Oliveira Filho é criador de ovinos e afirma que tudo que aplica em sua propriedade aprendeu no antigo Peco. “Tenho mais de 20 anos de atividade e o trabalho lá era essencial. Agora, a própria falta dessa atividade, desse órgão de pesquisa, fica um chamativo para quem quer entrar, pois fica a dúvida se a atividade não era boa”, conta.

O mesmo pode acontecer em uma fazenda de Tatuí, que produz sementes, realiza experimentações com milho e feijão e ainda possui a segunda maior coleção de bambu da América Latina. Parte da área da unidade de pesquisa agrícola, que estava inutilizada, também pode perder espaço e 13 hectares devem ser vendidos. De acordo com o coordenador da APTA, Orlando Melo de Castro, o objetivo é a arrecadação de recursos. “Tatuí tem uma área que não usamos e é essa área que está sendo disponibilizada”, afirma.

Em Itapeva (SP), uma fazenda de 36 hectares e que concentrava pesquisas voltadas para a suinocultura, também deve ser vendida. Porém, Orlando afirma que as pesquisas em suínos não vão acabar. “A lei que prevê que você pode ter parceria pública ou provada. Em Itapeva podemos ter um projeto com parcerias e um setor produtivo que possa fazer junto a gestão daquela unidade”, ressalta.

Geraldo Alckmin durante visita na região (Foto: Reprodução/ TV TEM)

 

 

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