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Professora de escola cívico-militar faz atividade sobre Hitler e é acusada de apologia ao nazismo; governo apura

Professora de escola cívico-militar faz atividade sobre Hitler e é acusada de apologia ao nazismo
Foto: Reprodução/Instagram

Nas redes sociais, escola foi acusada de fazer apologia ao nazismo em atividade que continha suásticas e manequim remetendo a Hitler

Uma professora de História do Colégio Estadual Cívico-Militar Marquês de Caravelas, em Arapongas, no Paraná, está sendo acusada de fazer apologia ao nazismo durante uma aula relacionada à Segunda Guerra Mundial. A atividade exibia um manequim que remete a Adolf Hitler, além de suásticas – símbolo do regime nazista. A Secretaria de Educação do Paraná (Seed) informou ao Terra que iniciou uma investigação para apurar o caso.

A atividade, que inicialmente foi compartilhada no feed da própria instituição, teve grande repercussão nas redes sociais, e muitas pessoas apontaram que a ação fazia apologia ao nazismo.

Prints de toda a postagem, divulgados pela deputada Carol Dartora (PT) no Instagram, mostram que na publicação inicial compartilhada no perfil da escola, e posteriormente apagada, a legenda dizia que a professora estava desenvolvendo um projeto sobre a Segunda Guerra Mundial com os alunos do 3º ano do Ensino Médio e que os estudantes tinham tido “uma tarde cultural entrevistando uma senhora sobrevivente da guerra e todas suas vivências sofridas dessa época tão triste”.

Professora de escola cívico-militar faz atividade sobre Hitler e é acusada de apologia ao nazismo
Foto: Reprodução/Instagram

Em uma das fotos, dois estudantes vestidos de preto aparecem do lado de um manequim com bigode e características que o assemelham a Hitler. O post ainda informava que cinco alunos foram representar suas salas de aula e entrevistar a senhora que mora em Rolândia, município localizado a 18 km de Arapongas. A entrevistada foi Relinda Kronemberg, que, segundo a própria publicação, é filha de um nazista. A postagem parabenizava a professora pela iniciativa.

“Nossos parabéns por sua iniciativa e seu belo projeto que sem dúvida nenhuma será um marco na vida desses estudantes!”, dizia o post.

Publicação compartilhada no feed da escola parabenizava professora
Foto: Reprodução/Instagram

Ao relatar o caso, a deputada Carol Dartora pediu providências ao governo do Paraná. “Além de expor a figura de Hitler na escola com alunos representando o seu exército, ela ainda os levou para entrevistar a filha de um soldado nazista. Nos prints é possível ver a curtida no Núcleo Regional de Educação de Apucarana. Exigimos uma resposta contundente do Governador Ratinho Jr. e da Secretária de Educação do Paraná”, escreveu a parlamentar.

Em nota, a Secretaria da Educação do Paraná (Seed-PR) informou “que está apurando as informações sobre o trabalho de história realizado por alunos do ensino médio do Colégio Estadual Marquês de Caravelas, de Arapongas, que propôs a reflexão sobre a Segunda Guerra Mundial e suas trágicas consequências”.

A pasta afirma que a apologia a quaisquer doutrinas, partidos, ideologias e demais referências ao nazismo não é tolerada em qualquer escola da rede estadual, sendo a situação encarada com extrema gravidade. “A Secretaria instaurou procedimento de averiguação urgente e voltará a se manifestar assim que o levantamento for concluído”, acrescentou.

 

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