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Picolé de ração: saiba o que os veterinários indicam para aliviar os pets no calor

Poddle se refrescando para aliviar o calor — Foto: Michael S. Williamson/The Washington Post via Getty Images

Especialistas dão dicas de como cuidar dos animais de estimação nos dias de altas temperaturas

O fim do inverno veio acompanhado neste ano por uma onda de altas temperaturas por todo o país. O calor ameaça quebrar recordes nesta semana e deve se intensificar ainda mais a partir de quinta-feira, cenário que pode fazer com que os animais de estimação sofram com indisposição, desidratação, e, em casos mais graves, até com desmaios e convulsões.

Um dos primeiros sinais de que o seu pet está sofrendo com o calor é a respiração ofegante, seguida de hipersalivação e pele muito quente. A partir desses sintomas, o animal pode evoluir para um estado que o tutor deve evitar: cansaço, fraqueza e indisposição. A prolongação desse quadro pode até exigir a internação do animal. Para especialistas, é importante os tutores levarem em consideração a desitradação, pois os problemas começam por aí.

— Agora com essa onda de calor, muita gente pode ser pega desprevenida. Distribua potes de água pela casa, assim facilita o acesso e o cão acaba se hidratando mais. Para cães que vivem do lado de fora da casa, garanta que ele tenha espaço fresco, ventilado e com sombra — explicou Halina Medina, medica veterinária fundadora do portal Tudo Sobre Cachorros.

A desidratação é um problema típico do verão, tanto para humanos quanto para animais. Uma forma de driblar a desidratação é oferecer o máximo de água nas mais diversas formas. Uma saída seria congelar a ração ou o suco de frutas que animais podem consumir, transformando-os numa espécie de sorvete. Outra opção é oferecer sachês com um pouquinho mais de água para os filhotes, formando uma espécie de sopa.

O calor excessivo também pode agravar comorbidades. Segundo a Marina Camargo, médica veterinária especialista em pets não convencionais, cães e gatos com o focinho mais achatado, com mais idade e com doenças pré-existentes, sejam cardíacas ou respiratórias, são mais suscetíveis a terem complicações. Por isso, manter o ambiente ventilado e prezar pela hidratação se faz tão necessário.

Se para os humanos, caminhar descalço no asfalto ou terra quente já pode ser prejudicial, para os pets pode ser pior ainda, pois podem causar sérias queimaduras nas patas, podendo causar até necrose.

— Não use sapatinhos no cachorro, pois eles aumentam a temperatura corporal do cão e ele pode ter uma hipertermia por conta do calor — alertou Medina.

Os horários ideais para passeios são antes das 9h e depois das 17h. A especialista indica que o próprio responsável coloque a palma da mão no chão: se o calor for suportável, é um bom indicativo de que o cachorro também suportará a temperatura.

— As altas temperaturas não são prejudiciais apenas para pets convencionais. Pássaros, hamsters e porcos-da-índia merecem atenção. Então é sempre bom estar de olho nas gaiolas, tirar da luz direta do sol, sempre trocar a água, colocar até um gelo para que fique mais gelada — afirma Marina Camargo. — Esses pets também podem sofrer com hiperterminas, e acabam demonstrando menos sintomas.

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