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Pela primeira vez, doenças do colesterol registram índices maiores na Ásia

Maior pesquisa do tipo já feita aponta que, ao longo dos últimos 39 anos, a mudança no colesterol mundial foi grande

O alto nível de colesterol pode dificultar o fluxo sanguíneo. NIH Medline Plus Magazine/Reprodução.

 

Um novo estudo, publicado na quarta-feira 3 na revista científica Nature, aponta que os níveis de colesterol estão em rápida decadência em grande parte do Ocidente, mas em crescimento em nações de médio ou baixo desenvolvimento. Mais especificamente na Ásia, o colesterol tem se tornado um problema cada vez maior.

A pesquisa é fruto de colaboração entre centenas de pesquisadores por todo o mundo, culminando no maior estudo já feito sobre o assunto em toda a história. Os esforços foram liderados pelo britânico Imperial College London.

Dados de mais de 102 milhões de indivíduos foram analisados, em um total de 200 países e ao longo de 39 anos (de 1980 a 2018). Uma das principais descobertas da pesquisa foi de que o alto nível de colesterol é responsável por quase 4 milhões de mortes anualmente — quase metade delas na Ásia.

O alto nível de mortandade é decorrência de diversos fatores, como alimentação e genética. A boa notícia é que as taxas de colesterol encontradas em nações ricas, sobretudo as do noroeste europeu, Austrália e América do Norte, aparentam estar em queda nos últimos 39 anos.

Trata-se da primeira vez documentada em que os maiores níveis do colesterol ruim são encontrados fora do Ocidente. Para impedir crises de saúde na Ásia, o estudo aponta que o ideal seria fazer mudanças nas dietas regionais para comidas menos gordurosas e preparar os sistemas de saúde para lidar com os problemas decorrentes do colesterol alto

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