20.5 C
Brasília
HomeDistrito FederalPai de dentista morto por pichadores deixa hospital em São Paulo

Pai de dentista morto por pichadores deixa hospital em São Paulo

Manuel Silva teve braço amputado após agressão em frente à casa. Polícia já identificou 6 suspeitos da agressão ocorrida na Zona Norte.

O aposentado Manuel Antonio da Silva, de 76 anos, que teve o braço amputado após ser agredido por pichadores, teve alta na quinta-feira (8), segundo informações do Hospital das Clínicas (HC), onde ele estava internado. O caso ocorreu na Zona Norte da capital, em 6 de agosto, quando ele e o filho flagraram pichadores em frente à casa.

Manuel estava internado e passou por uma cirurgia após ter o braço direito quebrado devido a uma infecção causada pelos ferimentos do ataque. Seu filho, Anaílson Felix da Silva, que tinha ido tirar satisfações com os pichadores, acabou sendo morto.

Em 31 de agosto, a polícia identificou o sexto suspeito de participar da morte dentista, identificado como Anaílson Felix da Silva. Ele estava foragido. Outro homem com o mesmo nome de Anailson Félix da Silva havia sido identificado e preso pela polícia no dia 15. Ele não foi reconhecido pelas testemunhas e foi liberado.

Também são procurados Adilson nascimento dos Santos, que já tem passagem por homicídio, Lucas Rafael de Siqueira Nunes, e Aluísio Denis Pires da Silva.

Dois suspeitos já estão presos: Marivone Pereira da Silva e Adolfo Gabriel de Souza. Adolfo aparece nessas imagens de segurança da casa do dentista.

Câmeras de segurança gravaram o momento da pichação e quando pai e filho saem da residência. Foram as imagens que ajudaram a polícia a identificar os cinco criminosos.

Duas pessoas estão presas por suspeita de envolvimento na morte do dentista e na agressão ao pai dele. Outras três são consideradas foragidas e estão sendo procuradas.

A diarista Marivone Pereira da Silva, de 51 anos, foi presa temporariamente na terça-feira (16), quando se entregou à polícia. Ela é namorada de Adilson Nascimento dos Santos, que já cumpriu pena por assassinato e é procurado como suspeito de participação nos crimes.

A mulher alegou que o namorado e outras quatro pessoas a defenderam de Wellinton e Manuel, que a atingiram com um facão. Ela não soube dizer quem jogou a pedra que acertou a cabeça do dentista e o matou.

Adolfo Gabriel de Souza, dono do carro que levou os pichadores até a casa das vítimas, também foi preso. Ele se entregou no dia 10 à polícia, mas negou que tenha matado Wellinton.

Além de Adilson, são considerados foragidos: Lucas Rafael de Siqueira Nunes e Aluísio Denis Pires da Silva.

 

Pai de dentista chegou a ter o braço imobilizado (Foto: Reprodução / TV Globo)

rCrime
Câmeras de segurança gravaram o momento em que cinco pichadores chegam à casa do dentista e de seu pai, às 2h18, com garrafas de bebida e latas de spray. Às 2h20, começam a pichar o muro da residência e durante cinco minutos picham, bebem e conversam.

Pouco depois, os cinco entram em um carro e saem. Na sequência, Manuel abre o portão e sai de casa com um objeto na mão, que parece um facão, olha o muro e começa a andar pela rua em busca dos pichadores. O filho dele, Wellinton, também sai para ver o que estava acontecendo e conversa com o pai, que está do outro lado da rua.

As imagens não mostram, mas, segundo a família, Manuel encontrou os pichadores em uma rua próximo, houve briga e o filho foi socorrer o pai. “Meu marido só atravessou e desceu. Mas meu filho não podia também ter ido”, disse a mãe da vítima.

Ainda segundo parentes e amigos, Wellinton era calmo e avesso a discussões, mas quando saiu na calçada para proteger o pai, virou o alvo do grupo. Ele foi agredido com pauladas e pedradas e chegou a ser arrastado por uma escadaria. Acabou não resistindo aos ferimentos e morreu.

Veja Também