Investigados são suspeitos de revender e utilizar no Brasil os veículos comprados da Europa; os carros, que podem valer até R$ 2 milhões, eram licenciados no Paraguai.
Três pessoas foram presas pela Polícia Federal (PF), na manhã desta terça-feira (8), em Maringá e em Cândido de Abreu, no Paraná, em uma operação que mira o contrabando de veículos de luxo superesportivos. A operação foi batizada de Super Trunfo.
Conforme as investigações, que duraram aproximadamente dois anos, os presos, todos de uma mesma família, são suspeitos de comprar veículos esportivos de luxo da Europa, licenciar os veículos no Paraguai e, depois, revendê-los ou utilizá-los no Brasil, onde circulavam com placas paraguaias.
Alguns dos automóveis adquiridos valem mais de R$ 2 milhões, de acordo com os policiais.
A Polícia Federal afirma que essa operação é ilegal, pois os veículos entraram no país sem passar pelo processo regular de importação. A PF investiga se os carros entraram no Brasil por containers ou caminhões do tipo baú.
“Alguns desses carros estão no Brasil há mais de quatro anos e eles compõe os patrimônios pessoais dos investigados. Ficou claro que esses veículos não era utilizados para trabalho ou por turistas, esses carros são usados no Brasil”, explicou o delegado Fabiano Zanini.
O líder do grupo investigado pela PF é estrangeiro, mas mora em Maringá. Os três ainda são investigados por fraudar documentos de exportação para poder levar dois carros ilegalmente da Europa para o Paraguai.
Além do contrabando, também são investigados os crimes de evasão de divisas, crimes fiscais e lavagem de dinheiro.
A PF investiga a participação de outras pessoas nas transações de lavagem de dinheiro
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Além dos mandados, a Justiça determinou o bloqueio de veículos, bens imóveis e contas bancárias vinculadas aos investigados no total de R$ 15 milhões.
As investigações também apontaram a aquisição de outros automóveis de luxo no Brasil e diversos bens imóveis pagos mediante operações ilegais de câmbio conhecidas como dólar-cabo ou euro-cabo, onde eram realizadas transferências internacionais de valores mediante compensações, sem as normas do sistema financeiro nacional.
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