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Novo vídeo mostra, em 3D, como o coronavírus pode afetar os pulmões

Novo vídeo tridimensional demonstra de que forma o novo coronavírus pode afetar os pulmões dos infectados

Coronavírus: novo vídeo procura estudar como os pulmões são afetados pelo vírus (YouTube/Reprodução)

A corrida para conter a pandemia do novo coronavírus está mais forte do que nunca – ainda mais com diversos países em quarentena. Médicos e demais profissionais da saúde estão tentando descobrir possíveis efeitos causados pela doença, assim como novos testes, vacinas e forma de tratamento. Enquanto isso, um médico da Faculdade de Medicina da Universidade de George Washington e Ciências da Saúde, nos Estados Unidos, descobriu de que forma o covid-19 pode afetar os pulmões dos infectados.

Por meio de um vídeo tridimensional, diretor de cirurgia torácica Keith Mortman demonstrou como o vírus afeta os pulmões do paciente. O vídeo foi feito utilizando tomografias digitais de um homem de 59 anos de idade, com quadro de hipertensão. Os danos são destacados em amarelo e, de acordo com o cientista, é uma característica marcante para os casos de covid-19.

Conforme visto no vídeo acima, os danos estão presentes em ambos os pulmões. Mortman acrescentou, para o portal IFLScience, que os efeitos começaram a aparecer como uma infecção viral. “A cada dia que passa, os profissionais de saúde da linha de frente continuam impressionados com a gravidade dos danos nos pulmões e com a velocidade com que isso pode acontecer. O insulto inicial é uma infecção viral. Mas então os pulmões criam um processo inflamatório ao redor da infecção. É uma combinação de infecção e inflamação que leva aos sintomas de tosse e falta de ar, além da necessidade de oxigênio suplementar que pode progredir para ventilação mecânica e, em alguns casos, morte”, disse o produtor do vídeo.

No caso do homem do vídeo, ele chegou ao hospital com quadros de febre, tosse e dificuldade para respirar. Algum tempo depois, as dificuldades para respirar aumentaram, e ele teve que ser entubado com ventilação mecânica. O paciente foi, então, direcionado para um tratamento que utiliza uma bomba de circulação sanguínea para fazer com que o sangue retorne para a corrente sanguínea.

Tomografias relizadas em outros pacientes também demonstraram que o covid-19 parece, em algumas ocasiões, atacar os pulmões, gerando um colapso dos alvéolos pulmonares. Para pacientes com sintomas mais leves, o diretor suspeita que o dano seja apenas temporário mas, para os pacientes com sintomas mais graves, Mortman acredita que seja possível que os danos sejam a longo prazo.

Ele acrescenta, ainda, que pessoas de todas as faixas etárias estão sujeitas a quadros graves ou leves: “A experiência dos Estados Unidos no momento não é consistente com os primeiros relatórios da China e de outros países que afirmaram que isso era principalmente uma doença dos idosos e que os jovens são imunes. Simplesmente não é esse o caso. Embora as pessoas mais jovens tendam a ter casos menos graves do vírus, elas não são imunes. Há um adolescente de 12 anos na Geórgia no ventilador e a Califórnia relatou sua primeira morte de adolescente no início desta semana”, acrescentou o pesquisador.

De acordo com ele, ainda é preciso mais estudos para entender os possíveis efeitos a longo prazo nos infectados. Para Mortman, o importante agora é fazer com que as diferentes gerações entendam o que está por trás da transmissão do vírus – e, dessa forma, colaborar com o distanciamento social e com o achatamento da curva.

Veja o vídeo a seguir.

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