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Na Dinamarca, quem não usar máscara leva multa de R$ 2.300

Os casos no país estão controlados, mas a Dinamarca tenta se prevenir de uma segunda onda do coronavírus, como vem acontecendo no resto da Europa

Praia da Dinamarca, em abril: agora, máscaras passarão a ser obrigatórias sob pena de multa (Julien Hekimian/Getty Images)

Com a segunda onda do coronavírus pipocando em vários países, poucos mundo afora podem dizer que esse foi seu melhor mês no combate à pandemia. Mas esse é o caso da Dinamarca, que registrou em agosto seu menor número de casos de covid-19.

Agora, para evitar uma nova alta de casos como vêm acontecendo em outros lugares, uma país resolveu tomar precauções e voltou a determinar o uso obrigatório de máscaras — mesmo com a pandemia controlada.

Quem não usa a proteção pode pagar multa de cerca de 2.600 coroas dinamarquesas, o equivalente a pouco mais de 2.320 reais no Brasil, pela cotação desta quarta-feira, 26.

No último fim de semana, um homem também foi expulso de um trem por se recusar a usar máscara, segundo a agência RFI.

A primeira-ministra dinamarquesa Mette Frederiksen participa de uma coletiva de imprensa sobre a situação da doença coronavírus (COVID-19), no gabinete do primeiro-ministro em Copenhagen, Dinamarca, em 15 de agosto de 2020. Ritzau Scanpix / Mads Claus Rasmussen via REUTERS
Mette Frederiksen, premiê da Dinamarca: políticas de combate à pandemia elogiadas (Mads Claus Rasmussen/Ritzau Scanpix/Reuters)

A preocupação do governo é que, à medida em que o verão termina, os dinamarqueses devem intensificar o uso de transporte público — que, nos meses mais quentes no hemisfério Norte, como junho e julho, é substituído por bicicletas.

Governada pela premiê social-democrata Mette Frederiksen, a Dinamarca vem sendo elogiada por suas medidas de combate à pandemia, como mais de 1 milhão de testes feitos e rastreamento dos resultados para evitar contágios.

Com população de quase 6 milhões de habitantes, a Dinamarca tem pouco mais de 16.500 casos e 623 mortes até esta quarta-feira.

O combate ao coronavírus na Dinamarca se provou mais efetivo do que na vizinha Suécia, que optou por tentar chegar a uma imunidade de rebanho ao não impor uma quarentena rigorosa como ocorreu no restante da Europa.

A Suécia tem 8.600 casos por milhão de habitantes, mais de três vezes os 2.800 casos por milhão da Dinamarca.

Máscara no Brasil

No Brasil, estados e municípios vêm estabelecendo individualmente punições para quem não usar máscara em público — o que é obrigatório em vários lugares.

No estado de São Paulo, estado com maior número de casos de coronavírus, a multa é de 500 reais para pessoas físicas e de 5.000 reais para o estabelecimento onde a pessoa sem máscara estava. Na Bahia, segundo estado com mais casos, a multa é de 1.000 reais para funcionários que atendem ao público, mas não para a população. No Rio, a multa vai de 106 reais para pessoas físicas a cerca de 700 para estabelecimentos.

Uma lei nacional sobre o tema também foi aprovada no Congresso e passou a obrigar o uso de máscaras em estabelecimentos comerciais e industriais, templos religiosos, escolas e demais locais fechados. O presidente Jair Bolsonaro tentou barrar esse trecho da lei, mas seu veto foi derrubado pelo Congresso.

O Brasil tem 3,7 milhões de casos e mais de 116.000 mortes pela covid-19, doença causada pelo coronavírus. A taxa de contágios por milhão é maior tanto que a da Suécia quanto a da Dinamarca: 17.000 casos a cada 1 milhão de habitantes, segundo ranking do site Worldometers.

 

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