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Na Alemanha, governo estuda novo pacote de estímulo econômico

Merkel se reúne hoje com líderes dos partidos da coalização do governo para discutir novas medidas para combater a recessão causada pela pandemia

Alemanha: PIB recuou 2,2% no primeiro trimestre de 2020 com a crise do coronavírus (Bernd von Jutrczenka/Reuters)

A semana começou com notícias ruins para a economia da Alemanha. A chegada da pandemia do novo coronavírus atingiu em cheio a maior economia da Europa, fazendo o Produto Interno Bruto (PIB) despencar 2,2% no primeiro trimestre de 2020 ante o quarto trimestre do ano passado, a maior queda desde 2009.

Agora, o governo de coalizão liderado pela primeira-ministra, Angela Merkel, debate um novo plano de estímulo para sustentar o caminho da retomada. De acordo com informações da agência Reuters, que teve acesso ao documento do governo, esse novo plano será debatido nesta terça-feira, 26, numa reunião a portas fechadas do bloco parlamentar.

O documento prevê ações de redução de impostos para o setor privado e a extinção de um imposto histórico: o “soli” (ou “solidaritaetszuschlag”, em alemão). O imposto entrou em cena no início da década de 1990 e tinha como objetivo ajudar a financiar a reunificação entre a Alemanha Ocidental e Oriental. O plano de acabar com o soli não é novo e estava previsto para ser colocado em prática em 2021. A ideia, portanto, é adiantar a sua abolição.

Não que a Alemanha não estivesse preparada para lidar com os reveses da covid-19. No final de março, o Bundestag, parlamento do país, já havia aprovado um pacote histórico de ajuda financeira, 750 bilhões de euros, justamente para proteger a economia. Na época, a medida ainda suspendeu o teto da dívida, regulado por lei no país, permitindo que Merkel pudesse pegar mais 156 bilhões de euros emprestados para o socorro às finanças do país. Ao que tudo indica, será necessário um montante ainda maior.

 

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