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Mourão critica Celso de Mello, imprensa e atos contra governo

Vice-presidente diz no jornal O Estado de S.Paulo que é irresponsável comparar Brasil e Alemanha e vê abuso da mídia na cobertura

Hamilton Mourão, vice-presidente da República Isac Nóbrega/Divulgação

Em artigo publicado nesta quarta-feira, 3, no jornal O Estado de S.Paulo, o vice-presidente Hamilton Mourão diz que é “irresponsável e intelectualmente desonesta” a comparação do Brasil com a Alemanha do pós 1ª Guerra por “um ministro do STF no exercício do cargo”. Ele não citou Celso de Mello, mas se referia ao decano da Corte, que fez duras acusações ao bolsonarismo. O vice-presidente criticou ainda as manifestações contra o governo neste domingo, 31, e disse que defini-las como democráticas, como fez a imprensa, “constitui um abuso”. 

Mourão afirma que, lendo jornais e despachos de egrégias autoridades, “tem-se a impressão de que sessentões e setentões nas redações e gabinetes da República resolveram voltar aos seus anos dourados de agitação estudantil, marcados por passeatas de que eventualmente participaram e pelas barricadas em que sonharam estar”.

Para o vice-presidente da República, as manifestações deste domingo, 31, foram realizadas por “baderneiros”. Ele transformou todos os protestos nos atos de depredação que ocorreram em Curitiba. E disse que eles são casos de polícia, e não de política. Mourão acha que a imprensa erra quando define essas passeatas como democráticas. “Aonde querem chegar? A incendiar as ruas como em 2013?”.

O general da reserva não explica a quem está se referindo neste trecho do artigo: “não é admissível que, a título de se contrapor a exageros retóricos impensadamente lançados contra as instituições do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, assistamos ações criminosas serem apoiadas por lideranças políticas e incensadas pela imprensa”. Ou seja, Mourão não deixou claro quem cometeu “exagerados retóricos” e “impensados” contra essas instituições. Mas sabe-se que o presidente Jair Bolsonaro tem criticado reiteradamente o STF. E de caso pensado.

 

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