A Marinha rebateu, e apontou que avaliação dos navios em condições não cabe aos militares, confirmando que o NRP Mondego estava com “um defeito em um dos motores”, mas refere que a missão que desempenharia era “de curta duração e próxima da costa, com boas condições meteo-oceanográficas”.
A força fez questão de sublinhar que a “avaliação das prioridades das missões e estado do navio segue uma linha hierárquica bem definida e estruturada”, sendo que “cabe apenas à Marinha, e à sua linha hierárquica, a definição de quais os navios em condições de cumprir com as missões atribuídas”.
“Essa avaliação, mais uma vez, pertence à linha de comando e à Superintendência do Material, enquanto entidade técnica responsável. Ambas as entidades não consideraram estar o navio inseguro para navegar”, indicou a força.
Porém, pela Associação Nacional de Sargentos, ouvida pela CNN, está “não é uma questão de disciplina” mas de “lealdade e de frontalidade perante o mau estado de um equipamento”.
O presidente da associação, António Lima Coelho, disse esperar que “não venha daí qualquer tipo de represália” da Marinha, uma vez que essa situação resulta do “desinvestimento nas Forças Armadas”.
“O material vai-se degradando, as horas de manutenção não são as que deveriam ser e tudo isto vai criando cada vez mais dificuldades ao cumprimento da missão. Por outro lado, os nossos governantes assumem cada vez mais missões sabendo que têm cada vez menos gente e meios cada vez mais desgastados”, lamentou.