Analistas reiteram recomendação de compra e elevam preço-alvo de ações de gigante de transportes em 70%
Analistas do BTG não só reiteraram e recomendação de compra para as ações da Simpar (SIMH3) como aumentaram o preço-alvo de R$ 10 para R$ 17, após evento da empresa com investidores. Os papéis da holding fecharam o último pregão cotados a R$ 12,06, implicando em um potencial de alta (upside) de 41%.
A Simpar é controladora de grandes empresas de logística e transportes, como Movida (MOVI3) e JSL (JSLG3), e está avaliada em R$ 10,1 bilhões — 34% abaixo de seu valor líquido de ativo (NAV, na sigla em inglês) pelas contas do BTG.
“Lutamos para entender as razões para um desconto de detenção tão grande”, disseram os analistas em relatório. Menor liquidez dos papéis, com apenas 35% de free float, alavancagem financeira e certo desconhecimento do mercado sobre novas frentes da holding poderiam estar por trás de tamanho desconto, segundo o BTG.
“Acreditamos que os investidores precisarão entender melhor a construção das novas plataformas de crescimento primeiro (concessionárias, infraestrutura, resíduos, gestão, banco, etc.) antes de ajustar a avaliação.”
“O mercado está fechando os olhos para o construção de uma das maiores corporações do país. A Simpar está se transformando em uma das maiores holdings e alocadoras de capital do Brasil”, afirmaram os analistas. “A reiteração de nossa recomendação de compra mostra que discordamos dessa visão do mercado.”
BTG altera projeções para Movida e JSL
O BTG também aproveitou a encontro da Simpar com investidores para atualizar o preço-alvo das empresas sob controle da holding.
A Movida um dos principais motores da Simpar, teve recomendação de compra reiterada e preço-alvo ajustado de R$ 27 para R$ 28, representando potencial de alta de 55%.
“A Movida reforçou seu pioneirismo em soluções de locação inovadoras e sustentáveis, com destaque para o lançamento de aluguel de veículos importados, carros elétricos e web check-in.”
As ações da JSL, contudo, tiveram preço-alvo revisado para baixo, de R$ 16 para R$ 12. Condições macroeconômicas, como juros mais alto e expectativa de PIB mais fraco, pesaram negativamente na avaliação dos analistas. Ainda assim, o upside é de mais de 80% em relação à cotação do último fechamento, de R$ 6,60.