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Manifestantes ocupam Ministério da Fazenda

Pelo menos 2 mil pessoas participaram do protesto, que se estendeu por toda a manhã

Cerca de 200 manifestantes estiveram, na manhã dessa quarta-feira (23), em frente à entrada principal do Ministério da Fazenda. O Dia Nacional de Mobilização dos Servidores Públicos Federais começou com confronto entre a Polícia Militar e manifestantes. Além de funcionários públicos de diversas categorias, representantes de movimentos ligados aos sem-teto, que pedem por moradia, participaram do ato. Eles invadiram o Ministério da Fazenda, no Bloco P, e foram retirados do local com spray de pimenta que, segundo eles, teria sido jogado por policiais militares.

A Polícia Militar do DF, por sua vez, afirma que o spray foi disparado por seguranças do ministério e não pela PM. Trinta profissionais fazem a segurança do local.

A estimativa dos movimentos sociais é que o número de manifestantes tenha chegado a 2 mil pessoas no decorrer do dia.

De acordo com o secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal, Sérgio Ronaldo da Silva, cerca de 23 entidades que representam os servidores federais decidiram se unir aos movimentos sociais no que estão chamando de Dia Nacional de Luta dos Servidores Federais contra o pacote de medidas anunciadas pelo governo no último dia 14.

“Essas medidas retiram direitos dos trabalhadores e dos movimentos sociais”, disse. “Esse anúncio foi a gota d’água. Queremos que o governo vire a metralhadora para o outro lado. E que o ministro Joaquim Levy vire a tesoura para outro lado. Não aceitamos esse tipo de política”, completou. Segundo Silva, os servidores federais ameaçam uma greve geral no próximo dia 28, quando está prevista uma reunião entre centrais sindicais.

Já o professor Marco Escher, da diretoria do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, disse que o movimento protesta contra o que considera ser a “retirada de direitos historicamente conquistados”. No caso específico dos professores, a demanda trata da defasagem de docentes e da suspensão de concursos públicos nas universidades. “O governo anunciou até mesmo o fim do subsídio para os que têm condição de se aposentar, mas continuam trabalhando. Desta forma, eles vão sair e isso tudo deixa um buraco muito grande”.

Às 13h30, os manifestantes passaram a marchar em direção ao Teatro Nacional – o que acabou fechando o Eixo Monumental no sentido Sudoeste. Os integrantes do MST embarcaram às 14h para Luziânia (GO), onde ocorre um encontro de educadores rurais.

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