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Manifestantes foram agredidos e feridos pela PM, diz sindicato da USP

Ao menos cinco pessoas ficaram feridas, sendo uma detida, em protesto.
Sintusp acusa PM de atirar balas de borracha e jogar bombas.

Ao menos cinco manifestantes ficaram feridos, sendo um deles detido, na manhã desta sexta-feira (29) após serem agredidos por policiais militares durante protesto, contra medidas políticas e econômicas, perto da Universidade de São Paulo (USP). A denúncia foi feita pelo Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp). A Polícia Militar não respondeu aos questionamentos sobre os motivos que levaram os policiais militares a dispersar os manifestantes.

O sindicalista Marcelo Pablito, um dos diretores do Sintusp, disse  que a Polícia Militar (PM) usou balas de borracha, bombas de gás e de efeito moral, sprays de pimenta, cassetes e ainda desferiu socos e pontapés contra os manifestantes.

Um vídeo gravado pelos sindicalistas e obtido pela equipe de reportagem mostra que o confusão no ato começou quando um estudante foi detido pelos policiais. Em seguida, manifestantes tentaram intervir e foram dispersados com gás. As imagens ainda mostram um policial dando um soco no rosto de uma mulher, que cai.

No momento do confronto entre policiais e manifestantes, cerca 300 pessoas caminhavam da Avenida Alvarenga, em frente ao portão principal da USP, em direção à Rodovia Raposo Tavares. O levantamento havia sido feito pela PM às 8h.

Imagens da TV Globo mostram policiais atirando e jogando artefatos explosivos em direção a um grupos de pessoas durante o conflito.

‘Repressão’
O Sintusp divulgou nota repudiando a ação da PM (leia íntegra abaixo). Nela, os sindicalistas relataram que protestavam no portão da USP, como parte do dia nacional de paralisação contra medidas provisórias, e contra demissões e corte de verba para a universidade, quando fomos atacados por policiais no momento que se dirigiam à Rodovia Raposo Tavares.

“A PM descumpriu o que combinamos com ela, que era acompanhar a nossa caminhada do portão da USP à rodovia”, afirmou Pablito. “Houve repressão duríssima da polícia, que machucou mulheres, estudantes e trabalhadores da universidade”.

De acordo com o Sintusp, o estudante detido pela PM foi levado para uma delegacia da região. “Estamos indo para o distrito policial para saber por que ele foi detido e tentar liberá-lo”, disse Pablito. “O rapaz ficou ferido pela truculência dos policiais”.

Veja a nota do Sintusp
“Na manhã de hoje, 29/5, estudantes e trabalhadores da USP realizamos uma manifestação, como parte do Dia Nacional de Paralisação e Manifestações, convocado por diversas centrais sindicais, com manifestações em todo o país, contra a terceirização, a retirada de direitos trabalhistas e sociais e o ajustes fiscal dos governos.

A manifestação ocorria pacificamente, quando a força policial reprimiu duramente o ato, atirando bombas, balas de borracha e gás lacrimogêneo e agredindo dezenas de estudantes e trabalhadores, deixando vários feridos, entre eles duas mulheres espancadas, uma funcionária, e uma estudante que foi socada no rosto, jogada no chão e pisoteada pelos policiais.

Neste momento a polícia mantém detido um estudante do curso de Ciências Socais da USP, por participar do ato, criminalizando a manifestação. Ele está sendo levado agora do hospital, com a cabeça enfaixada em função dos ferimentos causados pela polícia, para o 34º DP.
Publicaremos gravações e imagens da violência policial em nossas redes sociais.
Denunciamos a repressão policial e exigimos a imediata libertação do estudante detido de forma arbitrária por motivos políticos.

Fonte:g1

 

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