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Justiça quebra sigilo bancário de escritório e da mãe de Ricardo Salles

O MPSP investiga o Ministro do Meio Ambiente por suposto enriquecimento ilícito no período em que ocupou cargos no governo paulista

Ricardo Salles: ministro é investigado por ações no período em que era do governo paulista (Adriano Machado/Reuters)

O juiz Marcos de Lima Porta, da 5ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, determinou a quebra do sigilo bancário do escritório de advocacia do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e sua mãe Diva Carvalho de Aquino. O Ministério Público de São Paulo investiga Salles por suposto enriquecimento ilícito no período em que ocupou cargos no governo paulista.

Em 2012, quando foi candidato a vereador de São Paulo pelo PSDB, o hoje ministro declarou ter uma patrimônio de R$ 1,4 milhão. Em 2018, ao tentar se eleger deputado federal pelo Novo, Salles informou possuir bens avaliados em R$ 8,8 milhões. Ele não se elegeu em nenhuma das disputas.

O ministro criticou o vazamento de dados da investigação e disse que pedirá à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que acompanhe o que ele classifica como “abusos” na investigação.

A decisão de quebra do sigilo foi revelada pelo G1 e confirmada pelo GLOBO. O Ministério Público argumenta que  Salles movimentou R$ 2,75 milhões de seu escritório, o Carvalho de Aquino e Salles Advogados, para sua conta pessoal entre 2013 e 2017. No período, o hoje ministro ocupou os cargos de secretário particular do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e secretário do Meio Ambiente da gestão estadual.

O MP aponta ainda que as declarações de imposto de renda de Salles não apresentam rendimentos “vultosos” provenientes da sociedade de advogados naqueles anos.

“Diante do relatório juntado pelo Ministério Publico  e os argumentos por ele trazidos, defiro o pedido de inclusão no polo passivo de Carvalho de Aquino e Salles Advogados e Diva Carvalho de Aquino, ambos qualificados nos autos. Providencie a Serventia o necessário. Na linha dos argumentos constantes no V. Acórdão mais os argumentos trazidos pelo Ministério Público, decreto a quebra do sigilo bancário desses requeridos”, escreveu o juiz em seu despacho.

Em nota, Salles informou não ter receio da investigação. “Lamentável o vazamento seletivo e criminoso de dados e petições, que vem tentando forjar uma falsa narrativa de supostas irregularidades sobre meu patrimônio e rendimentos. Reitero que não há nenhum receio da investigação sobre os meus dados ou do meu escritório e tampouco de minha mãe e sócia. A Ordem dos Advogados será comunicada para acompanhar o caso e as responsabilidades pelos abusos cometidos serão apuradas pelos meios adequados.”

 

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