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Israelenses vão às ruas para ‘salvar a democracia’

Cerca de dois mil manifestantes, segundo a imprensa do país, atenderam ao chamado do movimento “bandeiras negras” no Facebook e se reuniram na Praça Yitzhak Rabin, em Tel Aviv

Israelenses, mantendo-se a uma distância segura uns dos outros, participam de uma manifestação da “Bandeira Negra”, para protestar contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e medidas antidemocráticas para conter o novo surto de coronavírus, na Praça Rabin, na cidade costeira de Tel Aviv. , no domingo (19/4).
(foto: JACK GUEZ / AFP)
Milhares de israelenses se manifestaram na noite deste domingo (19/4) em Tel Aviv contra as ameaças, segundo os organizadores, para a democracia de Israel, no contexto de negociações entre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e seu ex-rival, Benny Gantz, em busca de formar governo.
Cerca de dois mil manifestantes, segundo a imprensa do país, atenderam ao chamado do movimento “bandeiras negras” no Facebook e se reuniram na Praça Yitzhak Rabin, em Tel Aviv, para “salvar a democracia”.
Os manifestantes queriam expressar sua rejeição ao diálogo em andamento entre Benny Gantz, líder do partido “Azul-Branco” (centro) e o chefe dos conservadores do Likud, Benjamin Netanyahu, acusado de corrupção.
Com máscaras protetoras e vestidos principalmente de preto, os participantes ficaram a dois metros de distância, respeitando as medidas de distanciamento social em vigor para impedir a propagação da pandemia da Covid-19, que oficialmente infectou 13 mil pessoas no país e matou 172.
“Deixe a democracia vencer”, estava escrito numa das faixas, enquanto cartazes exibiam “Ministro do Crime”.
“A corrupção não é combatida por dentro. Se você está dentro, você faz parte disso”, declarou o deputado Yair Lapid, da oposição, contra seu ex-aliado Benny Gantz.
“As democracias morrem por dentro porque as pessoas boas se calam e as pessoas fracas se rendem”, acrescentou, denunciando as supostas manobras de Netanyahu para permanecer no poder.
“Estamos aqui para dizer que nunca desistiremos”, acrescentou.
Após as eleições de 2 de março, a terceira em que Gantz e Netanyahu se enfrentaram em menos de um ano, o presidente Reuven Rivlin confiou ao político do centro a tarefa de formar um governo.
Mas, em meio a uma pandemia de coronavírus, Gantz optou por formar um governo de “união e emergência” com Netanyahu, o que causou descontentamento entre os apoiadores da oposição.
Segunda-feira à noite era o prazo para Gantz e Netanyahu chegarem a um acordo, mas como esse não era o caso, o presidente Rivlin pediu ao Parlamento que propusesse o nome de um deputado que tenha apoio suficiente, dentro de três semanas, para formar governo.
Enquanto isso, os grupos de Gantz e Netanyahu afirmam que continuam dialogando visando a uma possível união.

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