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Google considera cobrar de usuários por serviço de busca ‘premium’ com recursos de IA, diz jornal

Se confirmado, será a primeira vez que a empresa coloca barreira a um de seus principais produtos

Ferramenta de busca do Google — Foto: Bloomberg

O Google está considerando cobrar usuários para ter acesso a novos recursos “premium” de seu serviço de busca alimentado por inteligência artificial. Se confirmado, será a primeira vez que a empresa – uma das que inaugurou a era do “tudo gratuito” – coloca um dos seus principais produtos atrás de um paywall, espécie de barreira para assinantes.

A informação foi veiculada pelo jornal Financial Times. As ações caíram pouco menos de 1% nas negociações estendidas, após a divulgação da notícia.

Desafios para incorporar IA ao negócio publicitário

“Continuamos a melhorar rapidamente o produto para atender às novas necessidades dos usuários”, disse um porta-voz do Google. “Não estamos trabalhando ou considerando uma experiência de busca sem anúncios. Como fizemos muitas vezes antes, continuaremos a desenvolver novas capacidades premium e serviços para aprimorar nossas ofertas de assinatura em todo o Google.”

A possível mudança sugere que a Alphabet (controladora do Google) ainda não descobriu como incorporar a nova tecnologia de rápido crescimento sem ameaçar seu negócio publicitário essencial – que é a venda de anúncios nos resultados de busca.

Recursos de IA já funcionam no Google One AI Premium

O Google já acrescentou um recurso de inteligência artificial ao seu principal serviço de assinatura. Desde fevereiro, os usuários que pagam pela assinatura do Google One AI Premium podem utilizar o chatbot Gemini e acessar o modelo de IA generativa em outros serviços populares, como Gmail e Google Docs.

Os engenheiros estão desenvolvendo a tecnologia para lançar o novo serviço, mas os executivos ainda não decidiram se ou quando lançá-lo, segundo relatório. Sua ferramenta mais popular, o mecanismo de busca, continuaria de graça e os anúncios apareceriam ao lado dos resultados da pesquisa mesmo para os assinantes, segundo o FT.

Na defensiva

Desde que a OpenAI lançou o ChatGPT no final de 2022, o Google se viu na defensiva diante do chatbot. A capacidade do ChatGPT de fornecer respostas a consultas em uma voz narrativa obrigou o Google a repensar sua tradicional lista de links azuis para sites e os lucrativos anúncios que aparecem ao lado deles.

No ano passado, o Google começou a testar seu próprio serviço de busca alimentado por IA que combina a narrativa personalizada e detalhada, além de links para sites e publicidade. Mas tem sido lento para adicionar recursos de sua “experiência de busca generativa” ao seu mecanismo de busca principal.

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