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Gigante do tabaco quer criar vacina contra coronavírus com biotecnologia

Grupo British American Tobacco (BAT) anunciou que uma de suas filiais está trabalhando em uma imunização para covid-19

Vacina: imunização para a covid-19 ainda pode levar 18 meses para chegar ao mercado, segundo a OMS (Javier Zayas Photography/Getty Images)

Maior empresa de tabaco do planeta, o grupo British American Tobacco (BAT) anunciou nesta quarta-feira, 1º, que está utilizando uma de suas filiais para o desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus. O plano é utilizar folhas de tabaco para criar uma forma de imunização.

Com sede em Londres e avaliada em 65,5 bilhões de libras esterlinas, a companhia é mais conhecida por deter os direitos de marcas como Lucky Strike, Dunhill e Pall Mall, além de ser acionista majoritária da empresa brasileira Souza Cruz.

Conforme reportado pela AFP, todo o processo está sendo concentrado na empresa americana Kentucky BioProcessing, especializada em biotecnologia e que já trabalhou no desenvolvimento de um tratamento contra o ebola.

Utilizando folhas de tabaco, processo comum na indústria farmacêutica, a companhia clonou uma parte sequencial do vírus e agora trabalha na criação de uma molécula que poderia gerar os anticorpos necessários para combater a doença.

O desenvolvimento da vacina já começou e está em fase pré-clínica. Nessa etapa, o antídoto ainda não foi testado em seres vivos e aguarda autorização de órgãos de saúde. A expectativa da BAT é que isso ocorra em breve. A empresa espera produzir até 3 milhões de doses semanais da vacina.

Esse cenário, porém, é improvável. Mesmo que recentemente Estados Unidos e Israel tenham começado a testar vacinas em humanos, a Organização Mundial da Saúde já se manifestou que uma vacina para prevenir a covid-19 poderia levar 18 meses para chegar ao mercado.

“Acreditamos que temos feito um avanço significativo com nossa plataforma tecnológica de folha de tabaco e estamos dispostos a trabalhar com os governos e todas as partes envolvidas para ajudar a vencer a guerra contra a covid-19”, afirmou David O’Reilly, diretor de pesquisa científica da BAT para a AFP.

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