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GDF antecipa vacina contra H1N1 para idosos e doentes crônicos

Prevista inicialmente para sexta, imunização a este grupo começa na quarta. Alteração ocorre após Saúde receber mais 100 mil doses do governo federal.

 

 A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou nesta segunda-feira (25) que vai antecipar o início da campanha de vacinação contra a H1N1 para idosos e pacientes com doenças crônicas de sexta (30) para quarta (27). A decisão ocorreu depois que a pasta recebeu mais 100 mil doses do Ministério da Saúde.
A imunização teve início no último dia 18 para crianças de seis meses a 5 anos, gestantes, mães há menos de 45 dias e profissionais da saúde. A partir do dia 30, povos indígenas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional ou pacientes com outras condições clínicas especiais também devem receber as vacinas.

Até o fim da campanha, 609 mil pessoas devem ser imunizadas, diz a secretaria. O DF tem ao todo 2,9 milhões de habitantes. A vacina protege contra os vírus H1N1, H3N2 e influenza B (caso mais agudo da doença).

Apesar da antecipação da campanha, o governo do DF manteve para 30 de abril o “Dia D” de vacinação. Na data, os centros de saúde vão funcionar exclusivamente para oferecer esse tipo de serviço à população.

 Quando o governo divulgou a mudança da data, o subsecretário de Vigilância à Saúde, Tiago Coelho, afirmou que a medida havia sido tomada “pelo caráter atípico de virulência e letalidade do H1N1 que temos percebido nas últimas semanas epidemiológicas no Brasil e no DF”.

Na ocasião, a pasta alegou ter usado critério técnico para fazer a alteração e disse que a antecipação se devia ao estado de alerta em que o DF se encontrava em relação à doença, por três pessoas terem morrido desde o começo do ano.

A prevenção da doença é feita com hábitos de higiene, como proteger a boca ao tossir ou espirrar e sempre lavar as mãos. Os sintomas do H1N1 são semelhantes aos da gripe normal: febre, tosse seca e cansaço. O doente pode ainda ter infecção no sistema respiratório.

Casos
Na última sexta-feira (22), a Secretaria de Saúde confirmou a quarta morte por H1N1 em 2016 na capital. A vítima é um homem de 18 anos que não tinha doenças graves. Um quinto caso era investigado pela pasta na ocasião.

As três primeiras ocorrências de morte pelo vírus neste ano tiveram mulheres como vítimas. Uma delas tinha mais de 60 anos. As outras tinham entre 30 e 49 anos.

Os últimos registros de morte pela doença aconteceram em 2014, quando quatro pessoas morreram por causa da gripe – incluindo uma médica da rede pública. A pasta afirma que 2016 tem se mostrado “atípico” e chegou a se dizer em alerta: os registros ocorreram em maior quantidade e antes mesmo do período do inverno.

Até a última sexta, o DF confirmou 51 casos da doença, de um total de 193 notificações. Em 41 ocorrências a gripe se apresentou de forma mais grave – 6 em crianças com menos de 5 anos, 3 em jovens entre 15 e 19 anos, 24 em adultos entre 20 e 59 anos e 8 em idosos.

“Observa-se que oito casos de H1N1 foram positivos em gestantes, sendo que três foram da forma mais grave e cinco com menor gravidade. Em relação ao local de residência dos pacientes, as regiões com maior número foram Asa Norte, com oito casos; Santa Maria, com sete; e Ceilândia, com seis”, afirmou a pasta em nota.

Rede privada
Quem não se encaixa nos grupos listados terá que recorrer à rede privada para conseguir uma dose da vacina. O produto custa R$ 120 na maioria dos laboratórios, mas as filas são grandes e os estoques têm sido insuficientes para atender à demanda.

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