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‘Festival Internacional de Cinema de Brasília’ começa na sexta com ‘O clã’

Longa argentino venceu festival de Veneza; evento ocorre entre os dias 6 e 15. São 16 filmes no Cine Brasília e Liberty Mall; Luis Puenzo é homenageado.

A quarta edição do Festival Internacional de Cinema de Brasília (BIFF) começa nesta sexta-feira (6) com a exibição do longa “O clã”, do diretor argentino Pablo Trapero. A produção de 2015 é atração para convidados às 20h30 no Cine Brasília.

Ao todo, 16 produções cinematográficas inéditas serão exibidas até 15 de novembro no Cine Brasília e no Cine Cultura Liberty Mall. Nesta edição, a mostra competitiva foi dividida em ficções e documentários.

A programação reserva mostras paralelas, pré-estreias e uma homenagem ao cineasta argentino Luis Puenzo, que ministra palestra e participa de debate com o público no dia 14 de novembro (veja programação no site do BIFF).

Segundo a organização do festival, foram 200 produções inscritas. Foram selecionados oito filmes para a mostra de ficção e oito documentários. A novidade deste ano é que os vencedores serão escolhidos por júri popular.

Entre os longas que competem no festival estão “O silêncio”, de Gajendra Ahire (Índia), “Uma realidade por segundo”, de Karim Ouelhaj (Bélgica), “Labirinto de mentiras”, de Giulio Ricciarelli (Alemanha), e “Mergulho em Sozopol”, de Kostadin Bonev (Bulgária).

Cena do filme argentino "O clã", que abre o Festival Internacional de Cinema de Brasília nesta sexta (6) (Foto: Julian Apezteguia/Divulgação)
Cena do filme argentino “O clã”

Também concorrem os latino-americanos “A obra do século”, de Carlos Quintela (Cuba), “O começo do tempo”, de Bernardo Arellano (México), “Como ganhar inimigos”, de Gabriel Litchmann (Argentina), e “Lua de cigarras”, de Jorge Diaz Bedoya (Paraguai).

A mostra competitiva apresenta os documentários “O sentido da criação”, de Patryk Rebisz e Erinnisse Rebisz (EUA), “A sua felicidade não está no biscoito da sorte, de Johannes Gierlinger (Áustria), “Um guia para famílias curiosas, de Lucio Basadonne e Anna Pollio (Itália), Uma historia aprisionada, de David Marrades Escribá (Espanha), “Internet – Além da fronteira”, de Maurilio Mangano (Itália), “Em busca da identidade”, de Lionel Rossini (França), “O sorriso verdadeiro”, de Juan Rayos (Espanha), e o brasileiro “Crônicas da demolição”, de Eduardo Ades.

Cena do filme A Obra do Século (Foto: Divulgação)
Cena do filme “A obra do século” (Foto: Divulgação)

O festival vai exibir duas pré-estreias nas “Sessões de gala”. O francês “Dheepan – O refúgio”, de Jacques Audiard conta a história de desconhecidos que fingem ser uma família para fugir do Sri Lanka, que está em guerra, e chegar à França, onde tentam a vida mesmo sem falar o idioma.

“Sabor da vida” retrata a relação entre um padeiro que começa no negócio e uma idosa que se propõe a ajuda-lo. O filme é da premiada diretora japonesa Naomi Kawase.

Outra atração é o “Mundo Animado”, que exibe o filme “Kikoriki – A turma invencível”, especialmente para as crianças. A trama narra a saga de um grupo de amigos que encontram um velho aparelho de televisão e acabam sendo transportados e têm a missão de salvar o planeta Terra. A mostra é gratuita e aberta ao público em geral.

 

 

Filmes cubanos
A programação oferece a mostra “Cuba – Cinema e revolução”, com obras como “Retrato de Teresa”, “Benny” e “Morango e chocolate”. É exibido um filme por década a partir dos anos 1960. O trabalho mais recente é “Voos proibidos, de Rogoberto López, lançado neste ano.

O destaque é “Memórias do subdesenvolvimento”, de Tomas Gutierrez Alea, que mistura imagens documentais e ficção para falar da sociedade cubana pós-revolução por meio da visão de um rico aspirante a escritor, que permanece no país depois que a família e amigos fogem para Miami.

Cena do filme Labirinto de Mentiras (Foto: Divulgação)
Cena do filme “Labirinto de mentiras” (Foto: Divulgação)

Abertura
Maior bilheteria da história do cinema argentino, com público de 2,5 milhões de pessoas no país, o longa “O clã”, de Pablo Trapero, é inspirada na história da família Puccio, aparentemente comum, mas que é formada por sequestradores e assassinos.

O filme se passa no início dos anos 1980, quando os membros da família fizeram de vítimas vizinhos do rico bairro de San Isidro, em Buenos Aires. A produção de 2015 venceu o prêmio Leão de Prata, no Festival de Veneza.

Luis Puenzo
Homenageado do festival, o cineasta argentino Luis Puenzo vem a Brasília especialmente para participar de um debate com o público e para ministrar a palestra “O cinema latino-americano e seu espaço no mercado internacional”, após a exibição de “Alguns que viveram”, no dia 14.

Ao longo do festival serão exibidos o faroeste “Gringo velho” e os dramas “A prostituta e a baleia” e “XXY”, produzido por ele e dirigido pela filha Lucia Puenzo.

O encerramento do BIFF reserva a exibição de “A história oficial”, rodado em 1985 e a primeira obra latinoamericana a ganhar o Oscar de melhor filme estrangeiro. O enredo trata de uma professora que começa a suspeitar que adotou a filha de presos políticos durante a ditadura militar.

Os filmes selecionados para a mostra competitiva de documentários são “O sentido da criação”, de Patryk Rebisz e Erinnisse Rebisz (Estados Unidos), “A sua felicidade não está no biscoito da sorte”, de Johannes Gierlinger (Áustria), “Um guia para famílias curiosas”, de Lucio Basadonne e Anna Pollio (Itália), “Uma história aprisionada”, de David Marrades Escribá (Espanha), “Internet – além da fronteira”, de Maurilio Mangano (Itália), “Em busca da identidade”, de Lionel Rossini (França), “O sorriso verdadeiro”, de Juan Rayos (Espanha), e “Crônicas da demolição”, de Eduardo Ades (Brasil).

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