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Ex-candidata arrecada $2,5 milhões para pedir recontagem de votos

Jill Stein, representante do Partido Verde dos Estados Unidos, quer a recontagem das urnas de Michigan, Pensilvânia e Wisconsin

A candidata do Partido Verde à Presidência dos EUA, Jill Stein, está preparando um pedido de recontagem dos votos em três estados-chave das eleições americanas, informou o jornal britânico The Guardian. Stein lançou uma campanha online para arrecadar 4,5 milhões de dólares (15,4 milhões de reais), que segundo ela é o valor necessário para entrar com o processo em Michigan, Pensilvânia e Wisconsin.

Até a manhã desta quinta-feira, a campanha já havia alcançado 2,6 milhões de dólares (8,9 milhões de reais), suficientes para cobrir custos judiciais da recontagem em Wisconsin. Segundo Stein, a proposta surgiu “provas convincentes de anomalias na votação”, baseadas em dados que indicaram “discrepâncias significativas nos totais de votos”.

De acordo com a ex-candidata, que fez 1,0% dos votos no pleito deste ano, o objetivo da campanha “não é ajudar Hillary Clinton”. “Essas recontagens são parte de um movimento de integridade eleitoral para mostrar o quão não-confiável é o sistema eleitoral nos Estados Unidos”, afirmou Stein, através de seu site. Diversos Estados permitem que qualquer candidato peça a recontagem e é uma prática comum que as taxas judiciais sejam pagar pelo requerente, para evitar o gasto de dinheiro público.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ganhou da candidata democrata na Pensilvânia, por uma margem de 1,2% dos votos, e em Wisconsin, por 0,7%. Michigan ainda não divulgou resultados finais, mas o republicano lidera na região por 0,3%. A recontagem nestes Estados poderia redefinir o vencedor do pleito, que deu a vitória a Trump por causa do sistema de colégio eleitoral. No voto popular, que ainda não terminou de ser contado, Hillary lidera por uma margem de 2 milhões de votos.

Acadêmicos e partidários democratas estão pressionando a campanha de Clinton para participar do pedido de Stein, de acordo com o Guardian, mas seus assessores ainda não comentaram o caso. Um relatório, com argumentos sobre a possível manipulação das urnas, deverá ser entregue ao Congresso e a autoridades federais, segundo com duas pessoas envolvidas.

(Com Estadão Conteúdo)

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