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EUA: Ativistas darão maconha de graça para quem se vacinar

Distribuição gratuita da droga é legal na capital norte-americana

Em Washington, nos Estados Unidos, a vacina contra a Covid-19 virá acompanhada de um “brinde inusitado”: uma pequena porção de maconha. A campanha, que começou neste mês, é promovida pelo grupo de ativistas DC Majiruana Justice (DCMJ) e foi chamada de “Joints for Jabs”, ou “baseados por vacinas”, em tradução livre.

A erva será dada a adultos em locais de vacinação na cidade, assim que a imunização estiver disponível para uma parcela maior da população. Por enquanto, as doses da vacina ainda estão restritas a grupos prioritários.

De acordo com o grupo, o objetivo é celebrar o “momento histórico”, agradecer a quem resolveu se vacinar, encorajar pessoas que decidam pela imunização e dar visibilidade às causas do DCMJ.

– O propósito é oferecer uma recompensa às pessoas que cumpriram seu dever cívico e se vacinaram – diz um dos cofundadores do DCMJ, Adam Eidinger, à BBC News.

Adam encaminhou nesta semana uma carta à prefeita de Washington, Muriel Bowser, requisitando apoio à campanha.

– Nós estamos cientes de que muitos usuários de cannabis desconfiam de vacinas e da ciência usada para justificar sua distribuição. Nosso objetivo é usar a cannabis como meio de agradecer àqueles que estão recebendo a vacina e encorajar os mais céticos a receberem sua dose – diz um trecho do texto.

Na capital americana, apesar de a venda de maconha ser proibida, o cultivo e o uso recreativo e medicinal são permitidos. Com isso, a distribuição gratuita das porções da droga não está em contravenção com a legislação. Eidinger diz que dezenas de produtores domésticos da região de Washington irão distribuir legalmente a planta, do lado de fora de centros de vacinação.

– Vai chegar um momento em que teremos mais vacinas do que pessoas dispostas a se vacinar – prevê.

Além dos saquinhos com a erva, também haverá a opção de receber um baseado. Eidinger ressalta que os cigarros serão enrolados com máquinas, evitando a contaminação com saliva, em meio à pandemia.

Nos EUA, o uso medicinal da cannabis é permitido em 36 dos 50 Estados; e, em 15, é legalizado o uso recreativo da droga. Contudo, em legislação federal, a maconha ainda é criminalizada.

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