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Erdogan: Turquia pode recorrer à Rússia se EUA bloquearem vendas de F-16

O presidente turco Recep Erdogan disse na sexta-feira (9) que a Turquia pode recorrer a países como a Rússia se os EUA não cumprirem a promessa de entregar caças F-16.

© Sputnik / Sergei Karpuzhin
A Turquia foi expulsa de um programa de substituição de uma ampla gama de caças, aviões de ataque e de assalto ao solo para aliados da OTAN depois que adquiriu um avançado sistema de defesa antiaérea russo em 2019.
Mas com as relações EUA-Turquia melhorando em resposta à operação da Rússia na Ucrânia, o presidente dos EUA Joe Biden disse a Erdogan em junho que apoiaria a venda de jatos F-16, menos avançados.
Isso não ganhou apoio no Congresso, cuja aprovação das vendas militares é necessária, devido à preocupação entre os principais legisladores dos EUA sobre a dura retórica da Turquia contra seu inimigo tradicional, a Grécia.
“Os EUA não são os únicos a vender aviões de guerra no mundo. O Reino Unido, a França e a Rússia também os vendem”, disse Erdogan a repórteres após as orações de sexta-feira.
“É possível obtê-los de outros lugares, e outros [países] estão nos enviando sinais”, disse Erdogan.
Erdogan fez uma série de comentários positivos sobre a Rússia antes de uma reunião agendada com o presidente Vladimir Putin em uma cúpula regional no Uzbequistão na próxima semana.
Ele acusou o Ocidente de encenar “provocações” contra a Rússia fornecendo armas à Ucrânia e culpou as sanções europeias pela crise energética do continente.
Erdogan também revelou que pediu a Putin um desconto para o gás natural que a Turquia importa da Rússia.
Os laços estratégicos de Ancara com Washington têm sido tensos há anos por questões que vão desde a deterioração do registro de direitos humanos da Turquia até a cooperação dos EUA com uma milícia curda na Síria, milicia essa que Erdogan vê como “terrorista”.
Erdogan disse que levantará a questão do apoio militar dos EUA à milícia curda se tiver a chance de se encontrar com Biden à margem de uma reunião anual da Assembleia Geral da ONU a partir de 13 de setembro.
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