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Empresários que tomaram vacina escondidos podem ser processados

Grupo de 50 pessoas ligadas ao setor de transporte em Minas Gerais imunizadas na garagem de uma empresa deve responder criminalmente pela ação, diz deputado

O ex-senador Clésio Andrade seria uma das pessoas vacinadas ilegalmente em Minas Gerais (Geraldo Magela/Agência Senado/Exame)

Em meio ao caos na saúde do país, com mais de 300.000 mortos pela Covid-19 e o aumento galopante do número de casos, um grupo de empresários e politicos de Minas Gerais teve a ideia de burlar a lei e adquirir doses da vacina contra o coronavírus, segundo a revista Piauí. De acordo com as regras vigentes, o imunizante comprado pela iniciativa privada precisa ser repassado ao Sistema Único de Saúde (SUS). Agora, com o caso tornado público, os vacinados ilegais correm o risco de serem processados pela Justiça.

O deputado federal e ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT-MG) solicitou a abertura de uma investigação junto ao Ministério Público de Minas Gerais. Padilha também pediu, nesta quarta, dia 25, o confisco das doses restantes das vacinas, que seriam da Pfizer (a empresa nega).

O grupo de cerca de 50 pessoas, integrado por empresários do setor de transportes em Minas Gerais e políticos ligados a eles, como o ex-senador Clésio Andrade, tomou a primeira dose na segunda, dia 23 — o agendamento da segunda dose da vacina estaria agendado para os próximos 30 dias.

“Precisamos urgentemente que o Ministério da Saúde e a secretaria estadual de Saúde requisitem de imediato todas as vacinas que possam estar de posse dos empresários e que as autoridades investiguem detalhes do processo de importação e o pagamento”,

“Trata-se de um acúmulo de crimes, como crime contra a vida, contra o SUS e a atitudade ilegal em relação à lei aprovada pelo Congresso Nacional”.

A norma a respeito de importação das vacinas pela iniciativa prrivada determina a doação de todas as doses ao Ministério da Saúde até que todas as pessoas dos grupos prioritários, como idosos, profissionais de saúde e pessoas com comorbidades, tenham sido imunizadas. Isso ainda está longe de acontecer. Por enquanto, o Brasil vacinou apenas cerca de 5% da população — cerca de 77 milhões de pessoas se encaixam nos grupos de risco definidos pelo Ministério da Saúde.

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