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Eleições no Reino Unido testam apoio popular ao Brexit

Se vitória dos conservadores se confirmar, Brexit é dado como certo; se a oposição vingar, um novo referendo poderá ser feito

Brexit: pesquisas apontam o Partido Conservador do primeiro-ministro até 14 pontos à frente da oposição Trabalhista (Ben Stansall/Pool/Reuters)

São Paulo — Semanas após ter fechado o Parlamento britânico a fim de recompor sua base de apoio, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, colocará seu acordo do Brexit à prova em novas eleições parlamentares nesta quinta-feira.

Pesquisas apontam que o Partido Conservador de Johnson conseguirá a maioria do parlamento, o que na prática abrirá caminho para o divórcio. Caso o cenário não se concretize, no entanto, parte da oposição cogita um novo referendo sobre o assunto.

Nos últimos dias, pesquisas mostraram uma vantagem folgada do Partido Conservador de Johnson, com margem de 9 a 14 pontos sobre os trabalhistas de Jeremy Corbyn. Mas uma pesquisa divulgada pelo instituto YouGov, ontem, mostrou que a vantagem dos conservadores caiu de 68 para 28 deputados, o que pode levar o parlamento britânico a um novo impasse.

Johnson, que vem se mostrando confiante em conseguir a maioria absoluta no Parlamento nas eleições desta quinta-feira, garantiu que negociará um acordo como “nenhum outro” com a União Europeia a partir do respaldo popular. “Não há nenhuma razão para que, entre janeiro e o fim do próximo ano, não concluiremos esse livre acordo comercial e tenhamos uma nova relação com a UE baseada em tarifas zero”, disse o primeiro-ministro.

Para o líder conservador, é importante que o empresariado tenha certeza que até o fim 2020, data limite para a transição do Brexit, as empresas britânicas tenham as mesmas condições de competitividade que as do bloco continental. Johnson também se mostra otimista em conseguir aprovar, após as eleições, o acordo que obteve com a UE no Parlamento.

Aprovado por 52% dos britânicos em um referendo de 2016, o Brexit se alongou muito mais do que o previsto; teve diversos acordos recusados pelo Parlamento e causou a renúncia de dois premiês. As eleições desta quinta-feira devem fornecer mais pistas se a novela está próxima do fim.

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