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Eis que o sol ajuda ainda mais nas produções agrícolas do DF

Por meio de fundo distrital rural, GDF já investiu R$ 1 milhão em projetos de energia fotovoltaica de 11 propriedades locais desde 2019

O uso da energia solar já é uma realidade na agricultura do DF e o crédito rural tem contribuído para essa transformação. Por meio do Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural (FDR), o Governo do Distrito Federal (GDF) investiu cerca de R$ 1 milhão em projetos para sistemas de energia fotovoltaica em 11 propriedades desde 2019.

Um dos locais foi a propriedade do agricultor Vilmar de Almeida, 45 anos, localizado na área rural de Planaltina. Lá, 24 painéis de energia solar de dois metros quadrados alimentam o sistema de irrigação da olericultura orgânica da fazenda, que produz mais de 20 variedades de vegetais, como mandioca, quiabo, jiló, beterraba e brócolis.

A implantação do sistema de energia fotovoltaica na propriedade de Vilmar foi o primeiro projeto do FDR aprovado para essa finalidade, em junho de 2019, e que atualmente já rende frutos. “Minhas economias melhoraram muito. Eu estaria pagando hoje cerca de R$ 1 mil na conta de luz mensalmente, com o projeto implementado agora pago menos de R$ 3 mil a cada seis meses”, conta o produtor rural.

O FDR existe desde 2000 e, entre as modalidades de financiamento, projetos de energia fotovoltaica estão aptos há quatro anos. Pelas regras do fundo, só podem ser financiadas iniciativas que estejam ligadas exclusivamente à atividade rural, com prazo de pagamento até 10 anos.

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) assessora os produtores rurais interessados nos projetos de energia fotovoltaica, como explica a extensionista rural da Gerência de Desenvolvimento Econômico Rural do órgão, Luciana Tiemann: “Ajudamos com a elaboração do projeto, questão de documentação e de liberações ambientais. Tudo isso pronto, e o projeto sendo aprovado, depois continuamos acompanhando, fazendo as supervisões e fiscalização”.

De acordo com o diretor de Fundos da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri), Edson Rohden, a previsão da pasta é de aumentar os projetos de financiamento para energia solar. “A demanda tem sido crescente, principalmente com a questão do encarecimento da energia elétrica. Para o ano que vem, o orçamento previsto para o FDR é em torno de R$ 6 milhões, e 20% desse valor deve ser para projetos de energia fotovoltaica”, afirma.

Na área rural de Brazlândia, outro agricultor terá um sistema de energia solar auxiliando sua produção. Na propriedade de Hélio Roberto Dias Lopes, 53 anos, 96 painéis solares de dois metros quadrados serão em breve instalados, gerando energia suficiente para alimentar oito bombas de irrigação que, de 15 em 15 minutos, são acionadas automaticamente para irrigar sua plantação hidropônica, na qual cultiva tomate grape, alface, rúcula e agrião.

“Meus custos de energia estavam muito elevados, meu tipo de produção demanda que o sistema seja ativado muitas vezes por dia”, conta Hélio, que ressalta a importância que os painéis vão trazer para suas economias. “A tendência é a energia elétrica ficar cada vez mais cara, tem que ter fontes alternativas. Vou amortizar esse investimento em seis anos, e ainda por cima incentivar o uso de uma energia sustentável”, avalia.

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