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Dólar sobe 1,2% com crítica de Guedes e desaceleração na China

Ministro da Economia afirma que deputados ‘abortaram’ a reforma da Previdência; produção industrial chinesa tem menor nível em 17 anos

Influenciado por um ambiente externo desfavorável e por críticas do ministro Paulo Guedes ao parecer do relator da Previdência, o dólar subiu 1,2% nesta sexta-feira, 14, sendo negociado em média a 3,8992 reais na venda. Foi a maior cotação da moeda desde 31 de maio, quando havia sido negociada aos 3,92 reais. Pelo mesmo motivo, o principal índice brasileiro da bolsa de valores, o Ibovespa, caiu 0,74%, fechando o pregão aos 98.040,06 pontos.

No exterior, a produção industrial da China cresceu 5% em maio sobre o ano anterior, o menor nível em 17 anos e abaixo do que o mercado esperava. O receio de que esse cenário se agrave com uma guerra comercial mais longa entre a China e os Estados Unidos empurrou os principais índices de Wall Street para o vermelho, segundo analistas.

No mercado interno, a declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, criticando o parecer da reforma da Previdência apresentado na véspera pelo relator Samuel Moreira (PSDB-SP), azedou o humor dos investidores. Segundo o ministro, os deputados “abortaram” a reforma da Previdência. Além disso, Guedes afirmou que, se a estimativa de economia com a reforma da Previdência ficar em 860 bilhões de reais ao longo de dez anos, será necessária outra reforma daqui a cinco ou seis anos.

A bolsa sofreu impacto pela queda, sobretudo, de ações de empresas do setor financeiro, após parecer da reforma da Previdência defender que a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos bancos retorne ao nível de 20%, após ter caído a 15% neste ano.

(Com Reuters)

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