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DF registra bebê nascido com microcefalia relacionada ao zika pela 1ª vez

Mãe contraiu doença no DF. Um bebê que morreu também teve diagnóstico de ‘malformação decorrente da infecção’ pelo vírus da zika.

O Distrito Federal registrou o primeiro bebê nascido com microcefalia relacionada ao vírus da zika desde que passou a monitorar a doença. A situação foi notificada no boletim epidemiológico da última terça-feira (13). Com 8 meses, o bebê nasceu em abril e é de uma família de Samambaia. Ele recebe acompanhamento pela rede pública. A mãe contraiu a doença no DF, no segundo trimestre de gravidez.

O boletim de saúde também detalha que de 40 grávidas, 31 tiveram os bebês e 28 deles nasceram aparentemente sem condição relacionada ao zika. Dois bebês morreram após o nascimento, incluindo um em que foi diagnosticada “malformação decorrente da infecção” pelo zika, no primeiro trimestre de gestação. Dos 31 partos ocorridos, 25 de são moradoras do DF e o restante, de mães que vivem em Goiás.

Ao todo, a Secretaria de Saúde confirmou 196 casos de zika desde o começo do ano – no ano passado, houve só duas confirmações no mesmo período. Do total de casos, 173 pacientes moram no DF e 23, em outros estados. Taguatinga é a região com maior número de pessoas que contraíram o vírus: 31. A Asa Norte vem em segundo, com 13.

Sobre dengue, o boletim epidemiológico mostra que houve crescimento de 94,2% no número de casos entre 2015 e 2016. Os registros de dengue subiram de 10.248 para 19.907. Neste ano, foram 41 mortes por complicações da doença – contra 30 em 2015.

As regiões administrativas de Brazlândia, Ceilândia, São Sebastião, Taguatinga, Planaltina e Samambaia são as que apresentam maior número de casos: 9.895 situações, ou 56% de todos casos ocorridos no DF.

Quanto à chikungunya, os médicos do DF confirmaram 163 casos da doença neste ano. As regiões de Ceilândia, Taguatinga, Samambaia, Gama, Asa Norte e Sobradinho I são as que apresentam maior número de situações (84), representando 55% dos casos ocorridos.

As três doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, que também é vetor da febre amarela e do mayaro. Considerado uma das espécies mais difundidas no planeta pela Agência Europeia para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), o mosquito – que tem nome significando “odioso do Egito” – é combatido no país desde o início do século passado.

No Brasil, ele chegou a ser erradicado duas vezes no século passado. Na década de 1950, o epidemiologista brasileiro Oswaldo Cruz comandou uma campanha intensa contra ele no combate à febre amarela. Em 1958, a Organização Mundial da Saúde declarou o país livre do Aedes aegypti.

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