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Defesa Civil interdita casas em área de risco

Fortes chuvas de sábado (28/11) afetaram estrutura de imóveis no Riacho Fundo I e em Sobradinho. Primeira área foi considerada de risco em mapeamento feito pelo órgão

Três casas na Colônia Agrícola Sucupira, no Riacho Fundo I, e três em Sobradinho foram interditadas pela Defesa Civil por terem as estruturas físicas afetadas pelas fortes chuvas deste sábado (28/11). A primeira área foi considerada local passível de acidente, emergência ou desastre em mapeamento dos lugares de risco do DF, divulgado em outubro pelo órgão. Os moradores foram para residências de parentes.

Além das seis moradias interditadas, outras 14 foram afetadas — em Sobradinho, Riacho Fundo I e Vicente Pires. Os moradores de 12 desses imóveis foram notificados, mas os dos outros dois impediram a entrada dos servidores.

Desde a noite de sábado (28), servidores da Defesa Civil visitam locais atingidos pelas chuvas nas regiões administrativas onde foram feitas ocorrências. A maior parte dos incidentes ocorreu em lugares considerados de risco e em áreas de ocupação irregular.

Também foram identificados pontos de alagamento em Sobradinho, Recanto das Emas, Vicente Pires e na chácara Santa Luzia, na Estrutural.

Drenagem
Em processo de regularização, Vicente Pires já recebe obras de drenagem pluvial, com o objetivo de diminuir o impacto das chuvas. Segundo a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), as melhorias são realizadas, atualmente, no Trecho 1 (antiga Gleba 3), que compreende a área do Jóquei. A empresa enviará uma equipe para avaliar os danos causados pelas últimas chuvas na região.

As obras de drenagem também resolverão o problema dos alagamentos no viaduto Israel Pinheiro, que foi prejudicado durante o temporal de sábado. A Novacap também mantém obras de drenagem no Riacho Fundo I, uma das regiões mais afetadas pela forte chuva.

Áreas de risco
A Defesa Civil concluiu em outubro um mapeamento das áreas de risco do Distrito Federal. São locais passíveis de acidentes, emergências ou desastres. O levantamento plurianual, feito entre 2012 e 2015, verificou ameaças de vulnerabilidade em áreas de médio, alto e muito alto grau de risco em todo o DF.

Em setores de muito alto grau de risco foram identificadas 4.960 residências. Esses locais distribuem-se por 36 áreas, em 18 das 31 regiões administrativas. Todas as casas estão em terrenos irregulares, em regiões de crescimento desordenado e ocupação ilegal do solo, como Arniqueira, Fercal e Vicente Pires.

O mapeamento dividiu o DF em quatro grandes quadrantes ao longo dos quatro anos. Agentes da Defesa Civil estiveram em todos os locais considerados de risco para orientar os moradores. Ao término do estudo, no segundo semestre deste ano, foi feita uma revisão de todas as áreas visitadas. A região da chácara Santa Luzia, na Estrutural, é a que apresenta maior número de pessoas vivendo em casas inadequadas. São 1,5 mil residências em condições precárias, sujeitas a incêndios, alagamentos, inundações e eletrocussões.

Esta é a primeira vez que o Distrito Federal realiza um mapeamento tão amplo em áreas de risco. Com o levantamento, as regiões identificadas se tornaram prioridade no planejamento de políticas públicas pelos órgãos de governo responsáveis.

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