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Covid-19: força-tarefa identifica falta de medicamentos na Farmácia Central do DF

Ação de vistoria teve participação de representantes da Câmara Legislativa, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e de entidades de classe da saúde. Além de remédios, há máscaras paradas no estoque

Vistoria de força-tarefa identificou falta de dois remédios; Secretaria de Saúde fala em falta no mercado – (crédito: divulgação)

Uma vistoria da Força-Tarefa Covid-19, que reúne representantes da Câmara Legislativa (CLDF), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e de entidades de classe da saúde e do serviço social, identificou falta de medicamentos na Farmácia Central do Distrito Federal. A ação ocorreu na manhã desta terça-feira (30/3).

O grupo verificou que o estoque do antibiótico polimixina, muito usado na rede de saúde, está zerado. Outros fármacos também estão em falta, mas há medicamentos em estoque com a mesma indicação de uso, o que não compromete o tratamento de pacientes. Mesmo assim, a substituição é alvo de críticas de alguns profissionais.

Bloqueadores neuromusculares usados para intubação — essencial em muitos casos graves da covid-19 — também estão no limite. A vistoria identificou, ainda, falta de climatização adequada para o armazenamento dos medicamentos. “Agora, no verão, a temperatura tem ultrapassado 30ºC, o que não é indicado para diversos fármacos”, indica documento de avaliação do grupo.

A Secretaria de Saúde informou, em nota, que recebeu, nesta terça-feira (30/3), 23 mil unidades de bloqueadores neuromusculares, a serem disponibilizados de acordo com a demanda. Quanto ao medicamento Polimexina B injetável, a pasta justificou que há dificuldade para receber o produto da fornecedora, pois o item está em falta no mercado. O órgão ressaltou, porém, que há estoque desse medicamento nos hospitais.

Máscaras de proteção

Outro problema encontrado pela força-tarefa foi a quantidade de máscaras KN95 doadas pelo Ministério da Saúde e paradas nos depósitos. Como esses modelos não podem ser usados durante a assistência hospitalar, elas só são permitidos para servidores administrativos. Mesmo com esse problema, representantes da Secretaria de Saúde preveem a chegada de quatro vezes o estoque atual.

Integram a força-tarefa o Conselho Regional de Serviço Social (Cress), a Associação Brasileira de Enfermagem (Aben), a Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara Legislativa, a Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF), o Conselho Regional de Enfermagem (Coren-DF) e o Sindicato dos Enfermeiros (SindEnfermeiro).

 

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