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Coronavírus: EUA chegam a 33 milhões de desempregados em 7 semanas

País registrou mais 3,169 milhões de novos pedidos de seguro-desemprego na última semana

Número de pedidos ficou abaixo do registrado nas cinco semanas anteriores Nick Oxford/Reuters

O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira, 7, que registrou mais 3,169 milhões de novos pedidos de seguro-desemprego na última semana, elevando a 33,48 milhões o número de desempregados desde que a pandemia de coronavírus começou a se espalhar pelo país, na segunda quinzena de março.

Embora ainda se mantenha altíssimo, o número ficou abaixo do registrado nas cinco semanas anteriores. A contagem de duas semanas atrás, até 25 de abril, foi revisada nesta quinta de 3,839 milhões para 3,846 milhões de solicitações do auxílio governamental. O pico de novos pedidos chegou a 6,8 milhões de pessoas no fim de março. Segundo informações do jornal americano The New York Times, em vários estados do país mais de 25% dos trabalhadores estão sem emprego.

Os dados sustentam as visões de economistas de uma retração duradoura da economia, afetada pelas paralisações devido ao combate ao coronavírus. A economia americana encolheu no primeiro trimestre no ritmo mais forte desde a crise de 2007-2009. Na última quarta-feira 6, o governo anunciou o fechamento recorde de 20,2 milhões de postos de trabalho no setor privado em abril.

Antes da Covid-19, os Estados Unidos mantinham uma invejável taxa de desemprego de 3,6% – a menor em 51 anos. O porcentual é considerado entre economistas como “pleno emprego”. Na próxima sexta-feira, 8, o governo divulgará o relatório de empregos de abril, e é provável que a taxa de desempregados gire em torno de 16%, a mais alta desde a Grande Depressão na esteira da crise de 1929.

Com as políticas de distanciamento social e confinamento adotadas pelos governos estaduais, diante da disseminação da epidemia pelo país, a economia americana afundou. O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê recuo de 5,9% da atividade econômica dos Estados Unidos em 2020. O mundo, alerta o FMI, enfrentará uma situação pior do que a vivenciada na Grande Depressão, na década de 1930.

Especialistas ainda afirmam que os números não capturam a completa magnitude dos danos no mercado de trabalho, pois muitas pessoas ainda empregadas tiveram cortes nos salários. Projeta-se que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA esteja se contraindo no atual trimestre de abril a junho a uma taxa anual chocante de 40%.

Os Estados Unidos, país mais atingido pela pandemia, já contabilizam mais de 73.095 mortos, sendo que 2.037 falecimentos foram registrados entre a terça e esta quarta, com um total de 1.227.430 infectados. A seguir estão a Grã-Bretanha (30.076 óbitos), Itália (29.315), Espanha (25.857) e França (25.809).

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) alertou que mais da metade dos 3,3 bilhões de trabalhadores em todo o mundo correm o risco de perder seus meios de subsistência durante este segundo trimestre.

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