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Cantareira inicia mês de julho com queda de volume

Sistema fechou junho com menos chuva do que o previsto.
Manancial ainda não recuperou primeiro volume morto.

O Sistema Cantareira iniciou o mês de julho em queda, indo de 19,9% para 19,8% nesta quarta-feira (1). É  a primeira redução de volume em quatro dias, segundo dados divulgados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

O conjunto de represas, que abastece 5,2 milhões de pessoas na Grande São Paulo, terminou junho com menos chuvas que o previsto pelo terceiro mês seguido. Acompanhe o nível de outros reservatórios.

A chuva do mês passado também não foi boa para os demais reservatórios que abastecem a Grande São Paulo. Com exceção do Sistema Rio Claro, que recebeu mais que o dobro do previsto, todos os demais ficaram abaixo do esperado.

O Guarapiranga, hoje o principal sistema da Grande São Paulo, com 5,8 milhões de pessoas atendidas, registrou 27,2 mm de precipitação em junho, pouco mais da metade do esperado.

O governador Geraldo Alckmin voltou a descartar a implantação de um racionamento, mas a crise hídrica ainda não chegou ao fim. O Cantareira terminou a estação chuvosa, encerrada em  maço, com apenas a segunda cota do volume morto recuperada, ou seja, a primeira cota ainda não foi reposta e o manancial segue operando no vermelho.

Com exceção do Rio Claro, todos os sistemas que abastecem a Grande São Paulo perderam água nesta quarta-feira.

Abastecimento
O Sistema Cantareira, que já foi o principal da Grande São Paulo, atendendo 8,8 milhões de pessoas, teve uma nova redução no número de clientes, passando de 5,4 milhões para 5,2 milhões, informou a Sabesp.

Os 200 mil clientes tirados do Cantareira foram incorporados pelo Sistema Rio Claro, que aumentou seu abastecimento na Grade São Paulo de 1,5 milhão para 1,7 milhão. Isso foi possível após a conclusão, no dia 30 de maio, de uma ligação entre duas adutoras na Vila Ema, Zona Leste.

Com a obra, os bairros da Mooca, São Mateus, Vila Formosa, Vila Alpina e Sapopemba passam a ser atendidos prioritariamente pelo Sistema Rio Claro, que agora responde por 80% da água fornecida. Os demais 20% ficaram com o Cantareira.

Até 2013, antes da crise, a proporção era inversa: o Cantareira fornecia cerca de 80% da água consumida nesses locais, contra 20% do Sistema Rio Claro.

Índices
O índice de 19,9% do Cantareira divulgado pela Sabesb considera o cálculo feito com base na divisão do volume armazenado pelo volume útil de água.

Após ação do Ministério Público, aceita pela Justiça, no entanto, a Sabesp passou a divulgar outros dois índices para o Sistema Cantareira.

O segundo índice leva em consideração a conta do volume armazenado pelo volume total de água do Cantareira. Nesta quarta, ele era de 15,3%.

O terceiro índice leva em consideração o volume armazenado menos o volume da reserva técnica pelo volume útil. Nesta terça, o índice era de -9,4%.

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