Além do aumento da gasolina e do diesel, o preço do etanol também subiu. Valor nas bombas deve subir até o final desta semana nos postos da região
O aumento de 6% no preço da gasolina e 4% no do óleo diesel nas refinarias, autorizado pelo governo nesta quarta-feira (30), também terá impacto para os motoristas da região noroeste. O valor nas bombas em São José do Rio Preto (SP), por exemplo, deve subir ainda nesta semana, já que cada posto pode colocar o preço que quiser na bomba. Por isso, é importante pesquisar.
De acordo com o economista Hipólito Martins Filho, ao acrescentar 6% em cima do preço atual da gasolina, que é de R$ 3,29, ela subirá para R$ 3,48. Com isso, o tanque cheio hoje que é de R$ 148,05 vai para R$156,60. Assim, o gasto anual com o abastecimento de gasolina para o motorista que roda cerca de 20 quilômetros por dia, até o momento, chegaria em média a R$ 2.401,70 e com o aumento este gasto anual subirá para R$ 2.540,40. Uma diferença de R$ 138,70 no ano.
Além desse aumento autorizado pelo governo para a gasolina e para o diesel, o preço do etanol também subiu. Até o fim de semana, o valor nas bombas era em média R$ 1,99 nos postos de Rio Preto, mas já está em média R$ 2,19. Segundo a União da Indústria da Cana de Açúcar (Única), o aumento do etanol ocorreu por causa da chuva. Com o etanol a R$ 1,99 era possível encher um tanque de 45 litros com aproximadamente R$ 89,55 centavos. Com o aumento, o motorista deverá gastar R$ 98,55.
Se o preço do etanol fosse fixo a R$ 1,99 o ano todo, o gasto anual para rodar 20 quilômetros por dia seria R$ 1.452,70. Já se o valor fosse fixo a R$ 2,19 a despesa iria para R$ 1.598,70. A diferença é ainda maior ao comparar os valores praticados em agosto, quando foi possível encontrar etanol por até R$ 1,45. A diferença é de mais de R$ 0,60 por litro de agosto para setembro. Em agosto, o motorista gastou R$ 65,70 para encher o tanque e com o valor atual encher o tanque custa R$ 98,55. O gasto anual com o preço de agosto era de R$ 1.065,80 e com o preço atual vai para R$ 1.598,70.
Segundo o economista Hipólito Martins, a alta nos combustíveis puxa outros aumentos, já que tudo depende do transporte para chegar até o consumidor. No Brasil, mais de 60% de tudo que é transportado vai pelas rodovias. Na contramão desses valores, o preço do barril de petróleo tem caído. Na terça-feira (29) fechou com queda de 3% a 47 dólares. Em junho do ano passado valia mais de cem dólares.