Nas últimas três madrugadas, moradores foram arrancados das camas pelo som de explosões e tiros
Nas últimas três madrugadas, moradores foram arrancados das camas pelo som de explosões e tiros

Um crime que parecia estar sumindo do radar, volta a assombrar os moradores da região metropolitana que literamente não conseguem dormir quando ele acontece.

Nas últimas três madrugadas, três histórias parecidas, muda só o lugar. Nas últimas três madrugadas, moradores foram arrancados das camas pelo som de explosões e tiros.

Na terça-feira (25), uma tentativa de furto a caixas eletrônicos no bairro da Água Branca, Zona Oeste de São Paulo, terminou em troca de tiros entre bandidos e policiais. Um PM ficou ferido. Os bandidos estavam com armas pesadas.

Vizinha da agência bancária, a aposentada Nilza Souza narrou um cenário de medo ao repórter Fernando Martins.

Quarta-feira (26) foi a vez da região do ABC. Em Mauá, um grupo traçou uma estratégia ainda mais audaciosa. Os bandidos cruzaram um microônibus numa rua do Jardim Zaíra e até explodiram um artefato num supermercado para tentar despistar a polícia.

Os criminosos explodiram caixas eletrônicos, trocaram tiros com a PM e fugiram, sem levar nada. Ninguém ficou ferido.

O que ficou mesmo foi o susto e a insegurança, como afirmou o ferramenteiro José Carlos Moura.

Os ataques acontecem de leste a oeste da região metropolitana. Nesta quinta-feira foi a vez de Itapevi. A quadrilha da vez usou uma estratégia semelhante aos bandidos que atuaram no ABC. Atravessaram um ônibus numa rua próxima e usaram um carro para arrombar o portão de um shopping center da cidade. Depois disso, renderam vigias do estabelecimento, explodiram dois caixas eletrônicos e fugiram.

O guarda civil municipal Fábio Morschbacher disse que as forças de segurança tentaram chegar, mas não conseguiram.

Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (27), o governador Geraldo Alckmin elencou indicadores específicos de explosões de caixas eletrônicos para demonstrar que os casos estão diminuindo.

No entanto, de volta ao Jardim Zaíra, em Mauá, a professora de geografia Ilma Soares de Freitas, que mora bem na rua onde os bandidos atuaram, revelou uma sensação diferente sobre segurança.