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Arábia Saudita adverte que recusará fornecer petróleo aos países que imponham teto de preços

O ministro da Energia da Arábia Saudita, Abdulaziz bin Salman Al Saud, advertiu contra a imposição de restrições ao preço do petróleo do país, advertindo que, nesse caso, Riad se recusará a fornecê-lo aos países que apoiem tal teto de preços.

© Sputnik / Maxim Bogodvid / Acessar o banco de imagens
O ministro observou, em uma entrevista ao jornal Energy Intelligence, que a política de impor limites de preços faz aumentar a volatilidade e a instabilidade do mercado, o que afeta negativamente a indústria do petróleo.
“Se for imposto um limite de preços às exportações de petróleo da Arábia Saudita, não venderemos petróleo para nenhum dos países que estabelecerem tal teto de preços para nossos fornecimentos”, disse o ministro. Ele advertiu que, caso isso aconteça, Riad reduziria sua produção de petróleo, observando que “não ficaria surpreendido” se outros países fizessem o mesmo.
Bin Salman disse também que a política implementada pelo Ocidente de limitação do preço ao petróleo russo faz crescer os riscos no mercado petrolífero e provoca incerteza, em um momento em que a estabilidade é necessária.
Ele comparou tais ações com as tentativas nos EUA de implementar a lei NOPEC, que permitiria ao governo dos EUA processar os países da OPEP por reclamações antitruste.
“A lei NOPEC e a extensão do teto de preços são coisas muito diferentes, mas seu impacto potencial no mercado de petróleo é o mesmo. Essa política cria novos riscos e incertezas em um momento em que a clareza e a estabilidade são mais necessárias”, explicou o ministro.
Uma política semelhante inevitavelmente fará aumentar a instabilidade e a volatilidade do mercado, bem como afetará negativamente a indústria do petróleo, concluiu Bin Salman.
Em 5 de dezembro de 2022, entraram em vigor as sanções ocidentais contra o petróleo russo: a União Europeia parou de aceitar o petróleo transportado por via marítima, e os países do G7, Austrália e a UE impuseram um teto de preço de US$ 60 por barril ao petróleo russo transportado por mar, proibindo as empresas internacionais de transportarem e fazerem seguros a cargas de petróleo que superem esse limite.
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