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Amigo de estudante picado por naja é transferido para carceragem da Polícia Civil do DF

Gabriel Ribeiro de Moura, de 24 anos, foi detido nesta quarta-feira (22). Segundo polícia, ele escondeu serpentes de Pedro Henrique Krambeck após acidente com cobra.

Gabriel Ribeiro de Moura, preso por suspeita de envolvimento com tráfico de animais — Foto: TV Globo/Reprodução

O estudante de medicina veterinária Gabriel Ribeiro de Moura, de 24 anos, foi transferido para a carceragem da Polícia Civil, no Departamento de Polícia Especializada (DPE), na tarde desta quarta-feira (22). Ele é amigo do jovem Pedro Henrique Krambeck, picado por uma cobra naja no Distrito Federal.

Gabriel foi detido por suspeita de tentar atrapalhar as investigações sobre um suposto esquema de tráfico de animais. Ele é apontado como o possível responsável por levar 16 serpentes que estavam em posse de Pedro Krambeck para um haras, em Planaltina, além de esconder a naja próximo a um shopping da capital, após o incidente (relembre abaixo).

Gabriel Ribeiro de Moura, preso por suspeita de envolvimento com tráfico de animais — Foto: TV Globo/Reprodução
Gabriel Ribeiro de Moura, preso por suspeita de envolvimento com tráfico de animais — Foto: TV Globo/Reprodução

A advogada do estudante detido nesta quarta esteve na delegacia. Amanda Vieira disse que vai entrar com habeas corpus, para que o estudante responda às alegações em liberdade. Já a família de Pedro Krambeck não se manifestou desde o início das investigações.

Prisão de Gabriel

Gabriel Ribeiro de Moura foi preso em casa, na Colônia Agrícola Águas Claras, no início da manhã. A prisão faz parte da terceira fase da Operação Snake. De acordo com os investigadores, ele tentou destruir provas desde o início da investigação.

O estudante está preso temporariamente, ou seja, por até cinco dias, com possibilidade de prorrogação por igual período.

No dia 16 de julho, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) informou que Gabriel foi multado em R$ 81,3 mil por também dificultar a ação do instituto, manter animais nativos e exóticos em locais inapropriados e sem autorização, além de maus-tratos.

Caso naja

Estudante picado por naja tem melhora — Foto: Arquivo pessoal; Ivan Mattos
Estudante picado por naja tem melhora — Foto: Arquivo pessoal; Ivan Mattos

Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, de 22 anos, foi picado pela naja no dia 7 de julho. Ele ficou seis dias internado emum hospital particular do DF, sendo cinco em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Também teve que tomar soro antiofídico do Instituto Butantan, em São Paulo, único local que possuía o antídoto no país, para fins de pesquisa.

Segundo a Polícia Civil, Pedro Henrique criava a cobra em casa ilegalmente e seria o proprietário de pelo menos 18 serpentes. A mãe e o padrasto do jovem já prestaram depoimento à corporação na investigação sobre tráfico de animais.

Na semana passada, Pedro apresentou um atestado de 18 dias e só deve ser ouvido em agosto.

Nos últimos dias, a polícia intensificou as investigações sobre a criação ilegal de espécies exóticas no DF. Segundo a corporação, o caso da naja revelou um esquema de tráfico de animais com prováveis ramificações internacionais.

De acordo com a Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente, os animais vêm da Ásia e África e entram no Brasil clandestinamente por portos e aeroportos. Segundo os policiais, eles costumam ser trazidos ao país ainda filhotes, o que facilita a ocultação das espécies. Depois, se reproduzem no país.

Na última sexta-feira (17), o Ibama informou que afastou um servidor do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) suspeito de envolvimento no caso. De acordo com o instituto, foi instaurado um processo administrativo disciplinar interno para investigar a suposta participação de servidor.

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