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Amazonas vai usar a polícia para cumprir decreto que fechou comércio

A medida extrema foi adotada após o estado registrar aumento no número de internações por covid-19

Estado registra aumento no número de internações por covid-19 (Ingrid Anne/Fotos Públicas)

O governo do Amazonas vai usar a Polícia Militar e a Polícia Civil para fazer com que o comércio cumpra a determinação de fecharem por 15 dias. A medida extrema foi adotada após o estado registrar aumento no número de internações por covid-19, puxado principalmente pelo avanço da doença na capital.

Das 183 novas internações por causa do novo coronavírus, 177 ocorreram em Manaus. Este é o maior número registrado desde o início da pandemia, quando, em maio, o estado havia registrado 168 internações em um único dia.

A situação dos hospitais beira ao colapso de atendimento e lembra o caos que o estado viveu no começo do ano. Segundo dados da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS), 91,84% dos leitos de UTI do estado estão ocupados: 92,18% dos leitos para adultos da rede pública, 50% dos leitos infantis e 94% da rede privada. Leitos de enfermaria têm ocupação de 86 45%.

Segundo último boletim disponibilizado, no domingo, 3, foram registrados 559 novos casos no estado — alta semanal de 40,4% no comparativo entre os sete últimos dias ante os sete anteriores — e 14 novos óbitos — aumento de 36,7% no mesmo comparativo.

Com a situação dramática, o Ministério Público entrou com uma ação na Justiça para que o governo do estado determinasse o fechamento dos serviços não essenciais. O estado só publicou o decreto após o posicionamento do Tribunal de Justiça do Amazonas. As regras são as mesmas que tinham sido determinadas no dia 23 de dezembro.

O decreto, assinado pelo governador Wilson Lima (PSC), suspende o funcionamento do comércio, bares, restaurantes, academias e salões de beleza. Shoppings podem funcionar somente como pontos de coleta de vendas feitas por meio da internet.

Entre os serviços que podem funcionar estão mercados, farmácias e postos de gasolina, somente até as 23 horas. Em caso de descumprimento, o poder público pode aplicar uma multa de até 50.000 reais ao estabelecimento.

PR também usou a polícia para cumprir decreto

No começo de dezembro, o governo do Paraná determinou um toque de recolher das 23 às 5 horas em todo o estado para conter o avanço da covid-19. O protocolo prevê que ninguém pode sair de casa durante o fim da noite e a madrugada, das 23 às 5 horas.

A Polícia Militar faz a fiscalização e autua os estabelecimentos que descumprem a regra. O decreto está em vigor desde o dia 28 de dezembro e tem validade por dez dias.

(Com Estadão Conteúdo)

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