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Adaptação ao horário de verão pode demorar mais de uma semana

Autônomo, Sílvio Dias, 42 anos, acorda às 5h para ir ao trabalho. Para ele, a mudança gera uma economia pequena

O horário de verão, que chegou a ser ameaçado este ano, começa à meia-noite de sábado. Moradores do Distrito Federal e de 10 estados terão que adiantar o relógio em uma hora. A medida provoca alterações na rotina, principalmente no sono. Mas, quem gosta, aguarda com ansiedade a chegada do novo horário.

 

Autônomo, Sílvio Dias, 42 anos, acorda às 5h para ir ao trabalho. Para ele, a mudança gera uma economia pequena. “Odeio esse novo horário, porque, quando a gente está se acostumando, muda de novo. Nosso organismo fica descontrolado. Vai ser difícil acordar no escuro e, para dormir, a gente tem a impressão que ainda está cedo”, reclama.

 

O estudante Diego Fernandes, 36, gosta da mudança. Como ele não acorda tão cedo, prefere chegar a casa com o céu ainda claro. “Para fazer exercícios é muito melhor, porque o sol fica até mais tarde”, ressalta. O casal Nara e Alessandro Arcari, 25 e 33 anos, respectivamente, tem hábitos matinais e, por isso, também aprova a nova rotina. “Dá para aproveitar melhor o dia”, destaca ele.

 

Cardiologista e diretor de pesquisa da Sociedade Brasileira de Cardiologia do DF, Fausto Stauffer diz que os primeiros dias da mudança são mais difíceis para adaptação. Por isso, ressalta, é importante que as pessoas comecem a se programar para dormir mais cedo. “Antecipando de 20 a 40 minutos o horário de ir para a cama melhora a qualidade do sono, porque o pior momento do horário de verão é a fase inicial em que as pessoas sentem mais cansaço, e cumprem as atividades de forma mais lenta”, explica.

 

Economia

 

O horário de verão vai até 18 de fevereiro de 2018 e afeta as regiões Centro-Oeste, Sudoeste e Sul, porque nesses locais, segundo o governo, o consumo de energia elétrica é maior. Assim, alguns estados, como Roraima, Rondônia e parte do Amazonas ficarão com duas horas de atraso em relação ao horário de Brasília. Já o Acre e o oeste do Amazonas vão ter um fuso de três horas de diferença do Distrito Federal.

 

No ano passado o Ministério de Minas e Energia constatou que os 126 dias de horário de verão renderam uma economia de R$ 159,5 milhões.

 

A primeira vez que o Brasil adotou o horário de verão foi em 1931. Desde 1985, ele é aplicado todos os anos. Mas, diante da possibilidade dele ser extinto, o governo federal deve fazer uma pesquisa para decidir se mantém ou não o horário diferenciado a partir de 2018. (IS)

 Fonte: Correio Braziliense
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