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Dólar abre em queda antes de decisões de juros no Brasil e nos EUA

No cenário local, a expectativa é que o Copom (Comitê de Política Monetária) mantenha o atual ritmo de reduções e promova um corte de 0,50 ponto percentual na Selic

DólarFoto: Reprodução/ Flickr

O dólar registrava queda no início das negociações desta quarta-feira (1°), com investidores à espera de decisões sobre juros do Fed (Federal Reserve), nos Estados Unidos, e do Banco Central, no Brasil, na chamada “Superquarta”.

No cenário local, a expectativa é que o Copom (Comitê de Política Monetária) mantenha o atual ritmo de reduções e promova um corte de 0,50 ponto percentual na Selic (taxa básica de juros). Apesar de pressões no exterior, como a recente subida dos títulos americanos e a guerra entre Israel e Hamas, a avaliação é que os últimos dados econômicos do Brasil, em especial os de inflação, permitem a continuidade da queda dos juros no país.

Já nos EUA, a aposta é que o Fed deve manter inalteradas as taxas de juros do país na faixa entre 5,25% e 5,50%. A dúvida, no entanto, é sobre quais serão as sinalizações do banco sobre os próximos passos da política monetária americana, com a persistência de temores sobre uma nova alta nas taxas do banco ainda neste ano.

“O mercado quer entender qual a chance de uma nova alta em dezembro. Ao mesmo tempo em que a economia segue resiliente, a alta dos juros longos já fornece ao Fed uma contração das condições financeiras que reduz a necessidade de mais aumentos. O comunicado ainda deve deixar aberta a possibilidade de novo aumento, por mais que a concretização desse fato seja pouco provável”, afirma a equipe da Guide Investimentos.

Com o mercado em compasso de espera, a moeda americana recuava 0,16%, cotado a R$ 5,032.

Na terça (31), Apesar de ter começado o dia em queda, a Bolsa brasileira terminou o dia em alta de 0,54%, aos 113.143 pontos, impulsionada principalmente por ações da Vale e por empresas do setor de varejo.

Como pano de fundo, o minério de ferro atingiu máximas em 7 meses nesta semana, o que apoia as ações da mineradora, que é a maior empresa da Bolsa.

Já as varejistas são beneficiadas pelo arrefecimento dos juros futuros no Brasil, em especial nas curvas mais longas, após forte alta registrada nos últimos dias em meio a receios sobre o cenário fiscal do país.

Apesar do dia positivo, a Bolsa terminou outubro com queda acumulada de 3%, num mês marcado pela forte alta nos títulos do Tesouro americano e pela guerra entre Israel e Hamas, que trouxe instabilidade para o mercado.

Já o dólar até iniciou a sessão em queda, mas passou a rondar a estabilidade. Além dos riscos fiscais, pesam sobre o câmbio decisões sobre juros no Brasil e nos Estados Unidos, marcadas para esta semana, e a formação da Ptax de fim de mês, uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central que serve como referência para negócios e costuma trazer volatilidade.

Com isso, a divisa recuou 0,12%, cotada a R$ 5,047.

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