“Então este homem de 21 anos da Guarda Nacional Aérea de Massachusetts ‘não é um delator'”, zombou Carlson. “Ele revelou os crimes, portanto ele é o criminoso”, explicou Carlson, sardonicamente, acrescentando, “é assim que Washington funciona: dizer a verdade é o único pecado real”.
Ainda não está claro por que um aviador alistado, que ainda nem havia alcançado o status de oficial, teria acesso a documentos de alto nível contendo informações aparentemente compiladas pela Agência Central de Inteligência, a Agência Nacional de Segurança e o Escritório do Diretor de Inteligência Nacional.
Perguntado por que uma pessoa tão jovem tinha acesso a uma informação “tão sensível”, um porta-voz do Pentágono respondeu:
“Confiamos a nossos membros muita responsabilidade desde uma idade muito precoce”.
Teixeira provavelmente será acusado de violar a Lei de Espionagem, visto que o procurador-geral Merrick Garland indicou anteriormente que o membro do serviço militar foi preso por suposta “remoção não autorizada, retenção e transmissão de informações confidenciais da defesa nacional”.
A comparência inicial de Teixeira no tribunal está agendada para sexta-feira (14) no Tribunal Distrital dos EUA do Distrito de Massachusetts.
Na semana passada, mais de 100 documentos do Pentágono sobre o conflito na Ucrânia vazaram nas redes sociais.
O maior foco do conteúdo dos documentos era o Exército ucraniano, as forças especiais da OTAN que lutam na linha de frente contra as forças russas e até a espionagem feita pelo governo norte-americano sobre Vladimir Zelensky e seus aliados.
Mas os documentos iam mais além e abrangiam também países que não estão envolvidos diretamente no conflito. De acordo com relatos, a administração Biden achou que o governo russo utilizaria a proposta para criação do “clube de paz” feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como forma de reduzir a pressão do Ocidente contra o Kremlin, conforme noticiado.