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Vacina Sputnik V tem eficácia de 91,6% contra a Covid, diz estudo

Resultados foram publicados pela revista científica Lancet

A vacina Sputnik V mostrou resultados animadores na etapa final dos ensaios clínicos, atingindo eficácia de 91,6% contra a Covid-19. O artigo foi revisado por pares e publicado nesta terça-feira (2) na prestigiada revista científica Lancet. O imunizante é produzido pelo laboratório russo Nikolay Gamaleya.

O estudo levou em conta 19.866 voluntários, dentre os quais 25% receberam placebo. Os pesquisadores registraram 16 casos sintomáticos em Moscou em pessoas que receberam a vacina, e 62% entre os que receberam placebo. Os resultados apontaram o índice de eficácia 91,6% em regime de duas doses, aplicadas com intervalo de três semanas.

– Entre os casos analisados, mais de 98% dos voluntários desenvolveram uma resposta imune humoral e 100% uma resposta imune celular. O nível de anticorpos neutralizantes do vírus nos voluntários vacinados com Sputnik V é 1,3 a 1,5 vezes maior do que o nível de anticorpos dos pacientes que se recuperaram da Covid-19 – informou, em nota, o Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF), que patrocinou o desenvolvimento do imunizante.

O perfil de segurança também teve resultados positivos: 94% dos eventos adversos foram leves e incluíram sintomas de gripe, dor no local da injeção, dor de cabeça e fraqueza. Não foram registradas reações alérgicas fortes ou choque anafilático.

Alexander Ginsburg, diretor do Instituto Gamaleya, disse em coletiva de imprensa que a duração da Sputnik V deve levar “dois anos ou mais”. As doses podem ser armazenadas em refrigeradores comuns entre 2 e 8ºC, o que favorece a distribuição da vacina, já que fármacos como os da Pfizer/BioNTech precisam ser preservados em freezers especiais de -75°C.

BRASIL
Desde o fim de janeiro, a vacina tem sido produzida no Brasil em parceria com a farmacêutica União Química. Um pedido de uso emergencial chegou a ser protocolado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no último dia 16, mas foi negado porque os ensaios clínicos não haviam sido conduzidos em solo brasileiro.

No último sábado (30), o presidente Jair Bolsonaro manifestou sua intenção de comprar o imunizante russo, caso seja aprovado pela reguladora brasileira. A vacina já é adotada por países vizinhos, como Argentina, Bolívia e Paraguai.

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