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Vacina contra Covid-19: Aeroporto de Brasília diz estar pronto para receber doses

Apesar da capacitação, não há data para chegada do imunizante na capital. Terminal informou que tem câmaras de controle de temperatura para manejo do material.

Terminal de cargas do Aeroporto de Brasília, no DF — Foto: Inframerica/Reprodução

O Aeroporto de Brasília informou que “tem capacidade” para receber doses de vacinas contra a Covid-19. Apesar de não existir prazos para que o imunizante chegue à capital (veja mais abaixo), o terminal divulgou uma nota em que afirma ser “especializado na logística de insumos médicos”.

De acordo com informações da Inframerica – concessionária que administra o aeroporto – atualmente, as cargas farmacêuticas correspondem a 80% de toda movimentação do terminal. Além disso, a empresa afirma que o local tem câmaras frias para receber cargas que exijam controle de temperatura entre -22°C e 25°C.

O setor de cargas do aeroporto funciona com autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e tem um documento chamado de certidão de regularidade, emitido pelo Conselho Regional de Farmácia do DF (CRF). Apenas em 2020, segundo a Inframerica, o terminal recebeu mais de 1,6 mil toneladas de cargas (importação). Destas, 1.047 toneladas foram medicamentos, inclusive vacinas.

“O terminal de Cargas de Brasília está preparado para receber e tratar as vacinas contra a Covid-19 que cheguem à capital federal”, disse a Inframerica.

Caso algum imunizante precise de temperaturas inferiores aos -70°C, o terminal informou que tem um pátio com estrutura e geradores capazes de atender mais de 100 contêineres apropriados para o envio das cargas.

“Para manter o clima refrigerado, este tipo de material já chega em embalagens próprias e preparadas para manter a temperatura requerida.”

Aeroporto de Brasília tem câmaras de refrigeração para receber vacinas contra a Covid-19 — Foto: Inframerica/Divulgação
Aeroporto de Brasília tem câmaras de refrigeração para receber vacinas contra a Covid-19 — Foto: Inframerica/Divulgação.

A Inframerica ainda afirmou que os profissionais que trabalham na unidade seguem “rigorosamente” todas as medidas sanitárias de combate ao novo coronavírus.

Escolta policial

O anúncio do Aeroporto de Brasília ocorre após a Secretaria de Saúde pedir apoio da Polícia Militar para escoltar vacinas contra a Covid-19 no Distrito Federal. Apesar da falta de uma data para iniciar a imunização na capital ou para a chegada das doses, a pasta quer apoio das forças de segurança.

A secretaria confirmou o pedido e disse que encaminhou ofício à Secretaria de Segurança Pública (SSP), “pedindo a mobilização da força policial para garantia da segurança de trabalhadores e usuários, bem como, a estrita observância do público-alvo idealizado pelo MS [Ministério da Saúde]”.

Em nota, a SSP informou que recebeu a solicitação da Saúde e que já informou a Polícia Militar sobre a necessidade de suporte policial na distribuição dos medicamentos. “Importante salientar que a organização dependerá de informações do Ministério da Saúde acerca do calendário de disponibilização da vacina”, disse o texto.

Plano de vacinação

O Governo do Distrito Federal (GDF) decidiu imunizar a população em quatro etapas, a começar por grupos prioritários. A expectativa do Executivo é de que 600 mil moradores da capital sejam vacinados na primeira fase, que deve começar a partir do primeiro trimestre deste ano.

De acordo com o plano, serão mobilizados 1,5 mil servidores em 169 salas espalhadas nas regiões da capital. As doses, que serão adquiridas pelo Ministério da Saúde, serão disponibilizadas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI).

Em 18 de dezembro, o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, informou que o DF não fará compra direta das vacinas. Para ele, aderir ao PNI gera economia aos cofres públicos.

Confira as etapas de vacinação:

1ª fase:

  • Trabalhadores de saúde: 101.996
  • Idosos de 75 anos ou mais: 80.950
  • Pessoas de 60 anos ou mais institucionalizadas: 6.568

2ª fase:

  • Idosos de 60 a 74 anos: 265.671

3ª fase:

  • Pessoas com comorbidades: 150.190

4ª fase:

  • Professores: 49.585
  • Integrantes de forças de segurança e salvamento: 28.690

 

 

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