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Uma semana após interdição, GDF põe placas em área do Lago Paranoá

Banhistas e pescadores continuaram a usar região entre Lago Sul e L4 Sul.
Contaminação por cianobactérias matou peixes; GDF investiga causas.

Placa avisa sobre área interditada às margens do Lago Paranoá, em Brasília, após infecção por bactérias (Foto: Dênio Simões/GDF/Divulgação)

Uma semana após detectar contaminação por bactérias em um trecho do Lago Paranoá, em Brasília, o governo do Distrito Federal começou a instalar placas de alerta a banhistas e pescadores nesta quarta-feira (23). A proliferação dos micro-organismos foi identificada no dia 16, mas a área ainda não tinha recebido qualquer sinalização para avisar os frequentadores.

O trecho restrito fica no Lago Sul, entre a Ponte Honestino Guimarães e a Ponte das Garças. A área inclui as margens das quadras QL 4, QL 6 e QL 8 e a borda da via L4 Sul, naquela região.

Segundo a Novacap, uma placa foi instalada nesta quarta e outras quatro, a serem fornecidas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), devem ser posicionadas a partir desta quinta (24). O custo não foi informado.

Análise e risco
Na terça (22), a Agência Reguladora de Águas, Esgoto e Saneamento do DF (Adasa) informou que amostras da água foram enviadas a Goiânia para análise, mas os laudos só ficarão prontos no mês que vem.

Pessoas continuavam pescando e nadando na região até a última segunda (21), por falta de um aviso claro ou de servidores que pudessem orientar os frequentadores do espaço.

De acordo com a agência, sete amostras da água do lago foram encaminhadas a um laboratório particular em Goiânia (GO). Até o resultado do exame, nenhum produto químico está sendo usado para combater as cianobactérias (também conhecidas como algas azuis), pois os produtos disponíveis no mercado oferecem riscos.

Os primeiros indicativos de problema na região têm 15 dias, mas o problema ficou mais evidente nos últimos dias, por causa da quantidade de peixes que começaram a aparecer mortos. A coloração do lado também mudou, se tornando um verde mais intenso.

A contaminação ocorre entre a foz do Riacho Fundo, que fica ao lado da Estação de Tratamento da Caesb, e a Ponte Honestino Guimarães. Nesses locais, é possível notar como é espessa a camada formada pelas cianobactérias.

Entenda
Na última quarta (16), garis retiraram 70 sacos de peixes mortos do Lago Paranoá, no mesmo trecho. Segundo os fiscais, o problema foi causado pela multiplicação descontrolada de cianobactérias, que eliminam o oxigênio da água.

Essa reprodução acelerada dos micro-organismos indica que o índice de matéria orgânica na água aumentou – o que pode ter sido causado pelo lançamento de esgoto, sujeira ou pela enxurrada das chuvas recentes. Até esta segunda, o motivo principal para o aumento das cianobactérias ainda não tinha sido identificado.

Segundo equipes da Adasa e da Caesb que estão analisando a qualidade das águas do Lago Paranoá, a bactéria não se espalhou para outros trechos. A Caesb diz ter intensificado a fiscalização nas redes de esgoto entre as duas pontas, na tentativa de identificar ligações clandestinas.

No fim de semana, a Caesb informou que utilizaria um robô para inspecionar o local e dizer se havia despejo irregular de dejetos no local. Nesta segunda, a companhia informou que o equipamento não será usado, por enquanto, porque não há vestígios de poluição desse tipo.

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